Brasil

Prefeitos reclamam de contagem populacional do IBGE

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios cruzou os dados do Censo 2010 com a projeção populacional do próprio IBGE para o ano de 2009

Censo: Em termos gerais, o País saiu de 191.480.630 habitantes para 190.732.694, uma variação de 0,4% (Divulgação/IBGE)

Censo: Em termos gerais, o País saiu de 191.480.630 habitantes para 190.732.694, uma variação de 0,4% (Divulgação/IBGE)

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Da Redação

Publicado em 13 de fevereiro de 2011 às 17h22.

São Paulo - O prefeito de Jacareacanga (PA), Raulien Oliveira de Queiroz (PT), recorreu ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e à Justiça Federal e está disposto a fretar dez ônibus rumo ao prédio do instituto em Santarém para protestar contra os números do último censo, que encolheu a população do município de 41.487 para 14.040 pessoas.

Além de “varrer do mapa” 27 mil jacareacanguenses, a contagem dinamitou as contas da região - só as transferências do Fundo de Participação de Municípios (FPM) devem ter uma redução de R$ 4,8 milhões.

Levantamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM) cruzou os dados do Censo 2010 com a projeção populacional do próprio IBGE para o ano de 2009. Em termos gerais, o País saiu de 191.480.630 habitantes para 190.732.694, uma variação de 0,4%. O estudo, no entanto, aponta diferenças expressivas em pelo menos quatro municípios do Pará: Jacareacanga (-66,2%), Faro (-58,2%), Itaituba (-23,9%) e Aveiro (-22,2%).

“Nesses casos, a realidade do IBGE não é a do Brasil”, afirma o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. “Não estamos questionando a idoneidade do instituto, mas que critérios são esses que inflam alguns municípios e desinflam outros?”

O IBGE encaminha os dados demográficos ao Tribunal de Contas da União (TCU), que calcula as cotas do FPM. De acordo com a CNM, 176 municípios devem receber menos dinheiro do fundo devido aos números do Censo 2010: Bahia (41), São Paulo (26), Rio Grande do Sul (13), Paraná (12) e Pará (11) concentram o maior número de casos.

“O censo caiu como uma bomba letal, não aceitamos de nenhum jeito esse número”, diz Queiroz, alegando que a nova contagem “representa um desastre econômico-social” para o município de Jacareacanga.

“Não é o Censo de 2010 que está errado”, afirma o presidente do IBGE, Eduardo Nunes. Para ele, a contagem populacional de anos anteriores em Faro e Jacareacanga foi superestimada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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