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Prefeitos fazem reivindicações ao Planalto

"Bateu o desespero", disse o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, ao justificar o motivo da mobilização dos prefeitos

Durante o período eleitoral, ficam proibidas as campanhas institucionais dos governos estaduais e do federal (Ana Araújo/Veja)

Durante o período eleitoral, ficam proibidas as campanhas institucionais dos governos estaduais e do federal (Ana Araújo/Veja)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 23h35.

Brasília - Prefeitos de todo o País pediram nesta quarta à ministra de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, que interceda para o atendimento de sete reivindicações deles, entre elas a quitação do restos a pagar ainda do governo Lula, o pagamento de convênios firmados com a União para obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o pagamento de R$ 1,5 bilhão decorrente da renúncia fiscal do IPI no preços dos automóveis. "Bateu o desespero", disse o presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Paulo Ziulkoski, ao justificar o motivo da mobilização dos prefeitos.

Segundo ele, mais de 800 municípios estão com os salários dos servidores atrasados há mais de um mês de meio e mais de 2,5 mil municípios estão devendo para fornecedores. "A crise continua se aprofundando", prevê. Ele disse que ficou "um pouco entusiasmado" com a reação da ministra Ideli diante das reivindicações, porque ele disse que outros setores, que também recorreram ao governo, foram atendidos. "Então os prefeitos deveriam ter um tratamento igual. Foi isso que eu deduzi da conversa com ela. Disse que alguma coisa será ou todas atendidas. Não sabe o tamanho", contou.

Se permanecer o impasse, Ziulkoski acredita que inúmeros prefeitos terão as contas rejeitadas por descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. "Todos serão fichas sujas. Será que esses prefeitos merecem colar na testa deles que são fichas sujas por uma questão que Brasília tomou a atitude de renunciar a uma arrecadação que é nossa? Que anarquia federativa é essa?", questionou. O presidente da CNM anunciou que os prefeitos continuarão mobilizados até o dia 13 de novembro. "Vamos ver o que vão anunciar. Não esperamos muita coisa, mas achamos que alguma coisa vai ser feita", disse ele.

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