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Prefeito prevê mais problemas com chuvas em BH

"Nós falhamos. Deveríamos ter sido mais babás dos cidadãos para que eles não corressem esse risco", disse o prefeito ao ser questionado sobre a falta de investimentos


	Prefeito e candidato a reeleição de Belo Horizonte, Marcio Lacerda: Minas Gerais registrou dez mortes durante temporais desde o fim de setembro
 (Antônio Cruz/Agência Brasil)

Prefeito e candidato a reeleição de Belo Horizonte, Marcio Lacerda: Minas Gerais registrou dez mortes durante temporais desde o fim de setembro (Antônio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de novembro de 2012 às 19h31.

Belo Horizonte - O prefeito reeleito em Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), admitiu nesta sexta-feira que a capital mineira ainda deve enfrentar uma série de problemas por causa da chuva prevista para o fim do ano e início de 2013. E afirmou que os cidadãos assumem o risco ao passar por áreas podem ser alagadas durante temporais, como a avenida Heráclito Mourão de Miranda, no bairro Castelo, na região da Pampulha, onde Gilmar Almeida de Santana, de 48 anos, morreu na quinta-feira (15) após ter seu carro arrastado por uma enxurrada.

"Nós falhamos. Deveríamos ter sido mais babás dos cidadãos para que eles não corressem esse risco", disse o prefeito ao ser questionado sobre a falta de investimentos em áreas de inundações frequentes. Atualmente, há mil placas em todas as regiões da capital mineira alertando para o risco de alagamentos e pedindo para as pessoas evitarem as áreas, mas algumas estão entre as avenidas mais movimentadas da cidade.

Segundo Lacerda, os problemas são causados por "fenômeno meteorológico" e serão necessários mais cinco a dez anos de obras para acabar com os risco de enchentes na capital. Enquanto isso, a prefeitura e a Defesa Civil estudam a possibilidade de impedir a passagem de pessoas e veículos em áreas com risco de alagamento quando houver alerta de temporal.

E não é só em Belo Horizonte que a chuva tem causado problemas. Minas Gerais registrou dez mortes durante temporais desde o fim de setembro. Segundo a Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (Cedec), quatro municípios já decretaram situação de emergência e nove relataram estragos, mas sem a adoção da medida. Ao todo, há registro de 114 pessoas desalojadas e 26 desabrigadas, com 160 casas danificadas e uma destruída.

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