Brasil

Prefeito do Rio nega favorecimento em licitação para JMJ

Ontem (9), o Ministério Público Estadual (MPE) ajuizou ação civil pública para suspender a concorrência


	Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro: mesmo com o curto prazo para a licitação, prevista para sexta-feira (12), Paes nega que algumas empresas serão privilegiadas em detrimento das demais.
 (Amanda Previdelli/EXAME.com)

Eduardo Paes, prefeito do Rio de Janeiro: mesmo com o curto prazo para a licitação, prevista para sexta-feira (12), Paes nega que algumas empresas serão privilegiadas em detrimento das demais. (Amanda Previdelli/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de julho de 2013 às 17h00.

Rio de Janeiro – O prefeito Eduardo Paes negou hoje (10) que a licitação de R$ 7,8 milhões para contratar serviços de saúde para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) “seja um jogo de cartas marcadas”. Ontem (9), o Ministério Público Estadual (MPE) ajuizou ação civil pública para suspender a concorrência. O MPE defende a prestação dos serviços pelo organizadores do evento.

Segundo o prefeito do Rio, a menos de 15 dias da jornada, a licitação é legal e os serviços de saúde serão prestados ao público do evento entre os dias 23 e 28 próximos. “A JMJ não é um evento privado com fins lucrativos, em que se vendem ingressos. A prefeitura vai disponibilizar todos os serviços públicos necessários para atender essa multidão, sejam [serviços] de segurança, de limpeza ou de saúde.”

Mesmo com o curto prazo para a licitação, prevista para sexta-feira (12), Paes nega que algumas empresas serão privilegiadas em detrimento das demais e diz que há tempo para todas se habilitarem. “Está bem apertado [o prazo], é verdade. Mas, por enquanto, ninguém impediu a licitação, o trâmite está seguindo”, disse ele. “Se quiser ser contratado, [o interessado] terá de seguir as regras.”

Após o evento que marcou a chegada de símbolos religiosos ao Rio, o arcebispo da cidade, dom Orani Tempesta, organizador da jornada, disse que este é um assunto da prefeitura e negou que tenha faltado planejamento ou dinheiro para pagar pelos custos do ato. “Foi muito planejamento, mas as coisas vão chegando conforme fica mais próximo. É natural, são ajustes normais”, ressaltou dom Orani.

Na ação ajuizada ontem, o MPE pede o bloqueio dos R$ 7,8 milhões que seriam destinados à licitação. Caso a Justiça não aceite o pedido, o Ministério Público requer que as empresas rés não participem da concorrência por terem tido acesso a informações privilegiadas. “É o que gera dúvidas sobre os princípio da isonomia, da livre concorrência e da igualdade de condições”, diz nota emitida ontem pelo MPE.

Na sede da prefeitura, Paes recebeu a Cruz Peregrina e o Ícone de Nossa Senhora. Os símbolos seguirão para o Palácio Guanabara, sede do governo estadual ainda nesta tarde. Na ocasião, dom Orani também lembrou que será anunciada no último dia da jornada a próxima cidade-sede do evento. Ele não antecipou quais são as cidades favoritas. “Isso é com Roma”, afirmou o arcebispo.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEduardo PaesMDB – Movimento Democrático BrasileiroMetrópoles globaisPolíticaPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPrefeitosRio de Janeiro

Mais de Brasil

Brasil pode ser líder em aço verde se transformar indústria com descarbonização, dizem pesquisadores

Cassinos físicos devem ser aprovados até 2026 e temos tecnologia pronta, diz CEO da Pay4fun

Com aval de Bolsonaro, eleição em 2026 entre Lula e Tarcísio seria espetacular, diz Maia

Após ordem de Moraes, Anatel informa que operadoras bloquearam acesso ao Rumble no Brasil