Brasil

Prefeito do Rio admite falhas na Jornada Mundial

Segundo Eduardo Paes, Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 serão eventos mais fáceis


	Copacabana lotada de peregrinos para última missa do papa, em 28 de julho de 2013, na Jornada Mundial da Juventude
 (Mario Tama/Getty Images)

Copacabana lotada de peregrinos para última missa do papa, em 28 de julho de 2013, na Jornada Mundial da Juventude (Mario Tama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de julho de 2013 às 19h16.

Rio de Janeiro - A cidade do Rio de Janeiro apresentou falhas estratégicas na Jornada Mundial da Juventude, reconheceu o prefeito Eduardo Paes, que afirmou que a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 serão eventos mais fáceis.

O Rio vai receber quatro jogos do Mundial em 2014, entre eles a final, e em 2016 será sede dos Jogos e concentrará todas as modalidades olímpicas.

"Passamos por três (eventos JMJ, Copa das Confederações e Rio+20) e faltam dois, Copa e 2016. A JMJ foi a mais difícil de todas e o evento que mais nos prepararemos será 2016", afirmou o prefeito nesta segunda-feira.

Paes argumentou que, enquanto na praia de Copacabana havia no último domingo mais de 3 milhões de pessoas, recorde de um evento na cidade, na Copa do Mundo serão no máximo 80 mil pessoas concentradas no Maracanã e nos Jogos de 2016 o pico será de cerca de 100 mil no parque olímpico.

"É difícil comparar porque são eventos diferentes, mas a JMJ foi muito mais difícil porque havia muita imprevisibilidade quanto ao número de pessoas, peregrinos e fiéis", disse o prefeito.

Durante a JMJ, houve problemas na logística da cidade. O papa Francisco ficou preso em um engarrafamento pouco depois de desembarcar no país e foi assediado por uma multidão, colocando em risco a sua segurança, e o metrô parou por duas horas no dia seguinte. Houve ainda problemas no acesso e saída de Copacabana durante eventos com o pontífice e os serviços como banheiro e sinalização decepcionaram.

"Foi uma semana de recordes, maior evento da cidade e com maior número de pessoas, maior público em um só evento. Apesar de problemas e falhas, acho que a cidade se comportou bem e foi bem", avaliou o prefeito, que reconheceu deficiências em parte da sinalização e nos banheiros disponibilizados em Copacabana, durante vigília e missa campal entre sábado e domingo.

O incidente com o papa no primeiro dia provocou críticas sobre o esquema de segurança, mas autoridades descartam qualquer problema nas competições esportivas.

"O Brasil está preparado para grandes eventos do ponto de vista da segurança de forma inegável", disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ao fazer balanço da JMJ. "(O que aconteceu) não pode afetar a imagem do Brasil." Sem entrar em detalhes, Paes afirmou que uma das lições deixadas pela JMJ é a necessidade de a prefeitura ter mais participação na organização dos grandes eventos.

A visita do papa reuniu cerca de 10 milhões de pessoas nos eventos na cidade, de acordo com dados da prefeitura. Desse total, 9,2 milhões foram à Copacabana de quinta à domingo para acompanhar o pontífice. Na missa final de domingo, foram 3 milhões de pessoas, um recorde.

Trens, metrô e ônibus também bateram recorde de pessoas transportadas durante a JMJ. Até 2016, a expectativa é que o metrô chegue à Barra da Tijuca, na zona oeste, local onde será disputada a maioria das modalidades dos Jogos e mais três BRTs (Bus Rapid Transport).

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasEduardo PaesJornada Mundial da JuventudeMDB – Movimento Democrático BrasileiroMetrópoles globaisPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPrefeitosRio de Janeiro

Mais de Brasil

O que acontece agora após indiciamento de Bolsonaro e os outros 36 por tentativa de golpe de Estado?

Inmet prevê chuvas intensas em 12 estados e emite alerta amerelo para "perigo potencial" nesta sexta

'Tentativa de qualquer atentado contra Estado de Direito já é crime consumado', diz Gilmar Mendes

Entenda o que é indiciamento, como o feito contra Bolsonaro e aliados