Luciano Buligon "a Chapecoense vivia um grande momento, nós estávamos vivendo um sonho" (Facebook/Prefeitura de Chapeco/Reprodução)
Reuters
Publicado em 29 de novembro de 2016 às 12h54.
São Paulo - O prefeito de Chapecó, Luciano Buligon, viaja na tarde desta terça-feira para Medellín, na Colômbia, com equipe médica e jurídica da Chapecoense para auxiliar os sobreviventes do acidente aéreo que deixou 75 mortos e para agilizar o transporte dos corpos para o Brasil.
"Estamos indo para atender aqueles que estão com vida, e também o mais rápido possível poder trazer os corpos para que as famílias sintam pelo menos o conforto da despedida", disse Buligon a jornalistas em São Paulo.
Duas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB) e uma equipe de profissionais especializados foram disponibilizados para auxiliar no resgate e traslado dos brasileiros vítimas do acidente, informou o Ministério da Defesa.
Quatro jogadores da Chapecoense foram resgatados pelas autoridades com vida, os goleiros Danilo Padilha e Jakson Follmann, o lateral Alan Ruschel e o zagueiro Neto, mas Danilo não resistiu aos ferimentos e morreu posteriormente, de acordo com a mídia colombiana.
O prefeito revelou que Neto está com traumatismo craniano e Alan Ruschel passa por cirurgia devido a lesões.
"Neto está com traumatismo craniano e está sendo monitorado. Nós acreditamos muito na força do Neto, ele é um grande líder. Temos esperança, ele vai vencer", afirmou o prefeito, emocionado.
"Alan Ruschel está passando por cirurgia, mas não é traumatismo, são lesões que não o impediram de falar, ele tirou a aliança e pediu para entregar para a mulher dele."
Buligon viajaria com a delegação da Chapecoense para a decisão da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional, mas ficou em São Paulo para um compromisso nesta manhã e viajaria na tarde desta terça-feira para Medellín para acompanhar o time.
"A Chapecoense vivia um grande momento, nós estávamos vivendo um sonho, uma cidade do interior três vezes na Série A (do Campeonato Brasileiro) e agora decidindo um título internacional", disse o prefeito, que já tinha viajado com a equipe e voado com o piloto que fazia o voo que caiu na Colômbia, no pior acidente do futebol brasileiro, que destruiu o sonho de um time que virou exemplo de sucesso no Brasil.
"Fizemos voos tranquilos com ele, não tivemos nenhum sobressalto", acrescentou.