Brasil

Prefeito cassado de Santa Catarina por ajuda de Luciano Hang recorre ao STF

TSE vê abuso econômico em ajuda de empresário dono da Havan, e defesa de Ari Vequi afirma que decisão da Corte "beira o absurdo"

Para contestar a alegação de influência de Hang, a defesa de Vequi alega que ele tem capital político próprio, por já ter sido vice-prefeito (Ari Vequi/ Facebook/Reprodução)

Para contestar a alegação de influência de Hang, a defesa de Vequi alega que ele tem capital político próprio, por já ter sido vice-prefeito (Ari Vequi/ Facebook/Reprodução)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 5 de maio de 2023 às 14h57.

Última atualização em 5 de maio de 2023 às 15h02.

A defesa do prefeito de Brusque (SC), Avi Vequi (MDB), solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspensão da decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cassar o mandato dele e do vice-prefeito da cidade, Gilmar Doerner (Republicanos).

O tribunal considerou que houve abuso econômico devido ao apoio do empresário Luciano Hang, da rede Havan, e declarou os três inelegíveis por oito anos.

Os advogados afirmam que a "soberania popular" foi demonstrada de forma "inconteste" na eleição de 2020, e que "beira o absurdo" determinar a perda de mandato de um prefeito eleito majoritariamente mediante um relevante diferença de votos, sob a presunção de influência do empresário".

Capital político próprio

Para contestar a alegação de influência de Hang, a defesa de Vequi alega que ele tem capital político próprio, por já ter sido vice-prefeito, e que ele liderou a disputa eleitoral desde o começo.

Os advogados ainda afirmam que o TSE não poderia ter reanalisado as provas do caso, já que o pedido de cassação foi negado no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Santa Catarina.

Moraes viu "claro abuso"

A decisão foi tomada por cinco votos a dois. Prevaleceu a posição do presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, que considerou que houve abuso econômico, devido a uma série de vídeos publicados por Hang com críticas aos adversários de Vequi, parte deles com a utilização da estrutura da Havan.

"Enquanto pessoa física, o empresário Luciano Hang pode votar, e deve votar, em quem ele bem entender, pode defender a candidatura que ele bem entender, pode criticar os demais partidos. Isso não está em discussão. O que não é possível é colocar a força de sua empresa, com claro abuso do poder econômico, em detrimento de uma candidatura, e a favor de outra candidatura", afirmou Moraes.

Acompanhe tudo sobre:Lojas HavanSupremo Tribunal Federal (STF)

Mais de Brasil

STF pode rediscutir compensação da desoneração da folha, diz Haddad

Lula confirma Pedro Lucas como novo ministro das Comunicações após indicação do União Brasil

Revisão da vida toda do INSS: aposentados que receberam a mais não precisarão devolver valores

Haddad: Fazenda ainda não estuda ampliação de isenção de conta de luz