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Prefeito acusado de estupro volta ao cargo no Maranhão

Ribamar Alves, prefeito de Santa Inês, ficou afastado das funções por 28 dias após ser preso preventivamente, acusado de estuprar jovem de 18 anos


	Prisão: prefeito foi denunciado por jovem por estupro; MP sustenta que o exame de corpo de delito e inspeção de roupas provam que relação foi forçada
 (Richard Bouhet/AFP)

Prisão: prefeito foi denunciado por jovem por estupro; MP sustenta que o exame de corpo de delito e inspeção de roupas provam que relação foi forçada (Richard Bouhet/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de março de 2016 às 19h00.

São Paulo - O prefeito da cidade de Santa Inês (MA), Ribamar Alves (PSB), acusado pelo Ministério Público do Maranhão de estupro, voltou ao cargo na segunda-feira, 7. Ribamar Alves ficou afastado das funções durante 28 dias após ser preso preventivamente.

A autorização para que o prefeito retornasse ao cargo é do juiz Alessandro Figueiredo, do Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Santa Inês.

"Foi preso e liberado depois pelo Tribunal de Justiça (do Maranhão). Quando ele voltou (a Santa Inês), o vice-prefeito não quis devolver o cargo. O Ribamar Alves entrou com mandado de segurança."

Durante o afastamento de Ribamar, o Executivo do município estava sendo chefiado pelo vice-prefeito Ednaldo Alves Lima. "Quem pode cassar o prefeito é só a Câmara, que não fez até agora", sustenta o juiz.

Ribamar ficou preso na Penitenciária de Pedrinhas, em São Luís. Segundo a denúncia, em 28 de janeiro, ele estuprou uma jovem de 18 anos, "mediante uso de violência e coação moral".

A Promotoria destacou que o prefeito "confirmou ter mantido relações sexuais com a vítima". A mulher, que estava de passagem por Santa Inês, vendendo livros didáticos, afirmou que o ato foi praticado contra a sua vontade.

O chefe do Executivo de Santa Inês teria levado a jovem a um motel e a estuprado. A jovem denunciou o prefeito em uma delegacia de Santa Inês.

"O exame de corpo de delito indicou que a relação foi forçada, assim como a inspeção feita no vestuário dela", sustenta o Ministério Público.

A procuradora-geral de Justiça, Regina Lúcia de Almeida Rocha, denunciou Ribamar, em 15 de fevereiro. "Há nos autos elementos suficientes que comprovam a materialidade do crime tipificado no artigo 213 do Código Penal", afirmou, na denúncia, a procuradora-geral de Justiça.

A reportagem ligou para a Prefeitura de Santa Inês, mas o telefone estava mudo. Ribamar Alves não foi localizado.

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