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Preço da cesta básica cai em nove capitais em fevereiro

Segundo o Dieese, Brasília teve a maior queda do país; São Paulo segue com a cesta mais cara

Sacos de arroz: grão foi um dos alimentos que mais caiu  (Mario Tama/Getty Images)

Sacos de arroz: grão foi um dos alimentos que mais caiu (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de março de 2011 às 17h48.

São Paulo – O preço dos produtos da cesta básica, no mês de fevereiro, apresentou queda em nove das 17 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As maiores reduções ocorreram em Brasília (-2,02%) e Florianópolis (-2,07%). Entre as cidades em que houve alta da cesta básica, destacam-se Acaraju (4,32%) e Curitiba (3,36%).

Apesar de apresentar leve retração nos preços (-0,03%), São Paulo manteve-se como a cidade com a cesta mais cara do país. Em fevereiro, os produtos essenciais na capital custaram R$ 261,18. Porto Alegre, com aumento de 0,71%, foi a segunda cesta mais cara (R$ 256,51); Manaus, a terceira, com R$ 252,75; e Brasília, a quarta, com R$ 250,48. Aracaju (R$ 190,66) foi a única capital onde os produtos básicos custaram menos de R$ 200.

Os preços de vários produtos da cesta apresentaram redução em fevereiro. O principal deles, a carne, ficou mais barata em 14 capitais na comparação com janeiro. As maiores quedas ocorreram em Natal (-6,91%), Rio de Janeiro (-5,32%) e Fortaleza (-4,31%). Foram registrados aumentos em Aracaju (3,43%), Porto Alegre (3,17%) e Curitiba (2,78%).

No período acumulado de 12 meses, de março de 2010 a fevereiro de 2011, a carne teve alta nas 17 capitais pesquisadas, na maioria delas, superior a 20%: Goiânia (33,95%), Fortaleza (29,83%), Rio de Janeiro (27,40%) e Belo Horizonte (26,79%). A menor elevação anual foi a de Aracaju (10,50%).

Já o feijão ficou mais barato em 15 capitais na comparação com janeiro. As maiores variações negativas foram registradas em Salvador (-23,58%), Fortaleza (-18,87%), Belém (-13,55%), Recife (-13,49%) e Belo Horizonte (-12,66%). Em Porto Alegre, foi observado o único aumento do feijão, de 1,66%, e, em Florianópolis, o preço do produto não apresentou variação. Mas, no período de 12 meses, o feijão aumentou em 16 capitais e, em algumas localidades, foram muito elevados, como em Aracaju (69,01%), Manaus (51,86%), Goiânia (45,28%) e Natal (41,09%). No ano, o produto só ficou mais barato em Belém (-6,53%).

O preço do arroz caiu em 10 capitais em fevereiro, na comparação com janeiro. As reduções mais significativas foram as de Porto Alegre (-3,98%), João Pessoa (-3,79%) e São Paulo (-3,52%). Houve alta em três capitais: Manaus (3,31%), Florianópolis (1,64%) e Belo Horizonte (1,60%). Nas demais cidades, o preço do produto ficou estável.

Nos últimos 12 meses, houve redução no preço do arroz em 13 capitais, principalmente em Porto Alegre (-16,75%), Vitória (-15,59%), João Pessoa (-12,43%) e Salvador (-10%). O produto subiu de preço em Manaus (3,31%), Goiânia (2,25%), Aracaju (1,76%) e Belém (1,31%).

O valor do pão também foi contabilizado pelo Dieese, tendo apresentado alta em sete capitais, redução em sete e estabilidade em três. Os maiores aumentos são de Porto Alegre (3,85%), Aracaju (2,64%) e Recife (2,32%). Já as maiores reduções foram verificadas em Brasília (-4,99%), Fortaleza (-1,64%) e Salvador (-1,60%). Nos últimos 12 meses, o produto aumentou de preço em 16 capitais, com destaque para Florianópolis (13,43%) e Fortaleza (11,83%). A única redução foi observada em Salvador (-6,83%).

Com base no custo da cesta de São Paulo, o Dieese estima que o valor do salário mínimo necessário para suprir as despesas de um trabalhador e sua família com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência, deveria ser de R$ 2.194,18, o que corresponde a 4,06 vezes o mínimo em vigor, de R$ 545.

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