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Precisamos levar democracia a sério, diz Lula

O ex-presidente fez duras críticas às evidências de que os Estados Unidos espionaram Dilma e a Petrobras


	Ex-presidente Lula: "pode o Sr. Obama e seu sistema de inteligência ficar bisbilhotando as conversas da nossa presidenta?", questionou
 (Valter Campanato/ABr)

Ex-presidente Lula: "pode o Sr. Obama e seu sistema de inteligência ficar bisbilhotando as conversas da nossa presidenta?", questionou (Valter Campanato/ABr)

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Da Redação

Publicado em 11 de setembro de 2013 às 14h04.

São Paulo - O ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva fez duras críticas às evidências de que os Estados Unidos espionaram a presidente Dilma Rousseff e a Petrobras e pediu que a questão da democracia seja levada à sério no mundo globalizado. "Pode o Sr. Obama e seu sistema de inteligência ficar bisbilhotando as conversas da nossa presidenta? Cadê a decisão judicial que garante ouvir? Cadê a democracia?", indagou.

Lula pediu a criação de um fórum global para discutir o assunto e frisou a necessidade de uma governança global para colocar o presidente Obama, a premiê alemã Angela Merkel e Dilma em condições de igualdade.

O ex-presidente também criticou os EUA com relação ao fim dos estímulos monetários do Banco Central (FED), que tem sido motivo de apreensão nos mercados e de fortes oscilações do dólar nos últimos meses.

"Até pouco tempo o ouro era a moeda internacional. Quem inventou que dólar é a moeda padrão foram os americanos, que têm a maquininha para fazer o dólar", frisou, antes de pedir a "criação de uma moeda mundial" para evitar problemas como esse.

Ele voltou a citar as recentes manifestações de rua no discurso e a bandeira apartidária do movimento. "Me assusta profundamente algumas pessoas querendo negar a democracia, os partidos políticos, as entidades. Não é possível ter democracia se negarmos a existência dos partidos políticos", afirmou.

"O povo vai para a rua e é ótimo; todas as faixas que estão aí a Dilma já carregou", disse o ex-presidente, ao citar o passado de militante da presidente.

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