O ministro da Previdência, Carlos Lupi (Bruno Spada/Agência Câmara)
Estadão Conteúdo
Publicado em 3 de janeiro de 2023 às 17h46.
Última atualização em 3 de janeiro de 2023 às 18h14.
O ministro da Previdência, Carlos Lupi, afirmou nesta terça, 3, que o governo precisa discutir o que chamou de "antirreforma da Previdência", em referência às mudanças do sistema previdenciário realizadas em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL). De acordo com ele, o ministério provará com dados que a previdência pública do país não é deficitária.
"Quero formar uma comissão quadripartite, com os sindicatos dos trabalhadores, os sindicatos patronais, dos aposentados e com o governo. Precisamos discutir com profundidade o que foi essa antirreforma da Previdência", disse ele, na cerimônia de transmissão de cargo do ministério, em Brasília.
Lupi disse que o governo quer que toda a arrecadação que seja constitucionalmente destinada ao sistema previdenciário entre no balanço do INSS. "Tudo se esquece para levar a população a uma mentira. A Previdência não é deficitária, e vou provar com números, dados e informações", comentou.
Segundo ele, os dados da Previdência serão mostrados mês a mês em um portal específico.
O deputado federal Wolney Queiroz (PDT-PE) será o secretário executivo do Ministério da Previdência. Seu nome foi anunciado pelo ministro da pasta, Carlos Lupi, que também é presidente do PDT.
"Um amigo de luta e de militância de 35 anos no PDT, que eu convidei para ser secretário executivo do ministério, e ele aceitou, que é o Wolney Queiroz", disse Lupi durante a cerimônia de transmissão de cargo na pasta, em Brasília.
Queiroz foi, no ano passado, líder da oposição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Câmara dos Deputados. Deputado desde 1995 ele foi antes vereador pelo município pernambucano de Caruaru.