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Precisamos afastar o candidato do dinheiro, diz Mendes

Para o presidente do TSE, na última eleição houve um "imenso caixa 2" e a "montanha de dinheiro que corre" nos partidos l eva a "todos os vícios do sistema"

Mendes: (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Mendes: (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de março de 2017 às 12h37.

Brasília - O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, disse na manhã desta terça-feira, 21, em evento na Câmara dos Deputados, que na última campanha eleitoral houve um "imenso caixa 2" e destacou que "montanha de dinheiro que corre" nos partidos, o que leva a "todos os vícios do sistema".

"Então nós precisamos mudar o sistema, precisamos encerrar esse ciclo. Precisamos afastar o candidato do dinheiro, precisamos tomar algumas providências que são mais ou menos óbvias", declarou.

Em entrevista coletiva, o ministro enfatizou que o modelo eleitoral proporcional de lista aberta com coligação faliu. O ministro disse que o modelo já deu "péssimos resultados e vai continuar a dar ainda resultados piores".

Mendes lembrou que o limite para que as novas regras sejam aprovadas com validade para a eleição de 2018 é 2 de outubro deste ano e que devido à complexidade do sistema, a reforma não se fará de uma vez.

Ele pregou que os parlamentares definam primeiro o sistema eleitoral para depois escolher o modelo de financiamento.

Para o ministro, é preciso parar com os "sofismas". "Dizer que o sistema eleitoral de lista aberta é um sistema que a gente vota e escolhe o candidato, é uma enganação.

Nós votamos num cabeça de chapa e elegemos alguém que não tem voto sequer. Votamos em Tiririca e elegemos Protógenes (Queiroz). Votamos em Tiririca e elegemos Valdemar da Costa Neto", criticou.

Na avaliação do ministro, se for escolhido o modelo de lista fechada, ela deve ser transparente. "Uma lista mal feita ou com nomes pouco representativo ou mal representados, essa lista será repudiada pela população. Lista mal feita não terá resultado eleitoral positivo", concluiu.

O ministro insistiu que não dá para continuar com um sistema que trouxe resultados "desastrosos".

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