Brasil

Pré-campanha do PSOL gasta R$ 60 mil

"A pré-campanha precisa ser regulamentada e transparente. De onde vêm os recursos dos pré-candidatos?", afirmou Randolfe Rodrigues, futuro candidato do PSOL


	Randolfe Rodrigues (PSOL): "Os jatos que eu e Luciana (Genro, candidata a vice) viajamos são os da TAM, Gol e Avianca"
 (Geraldo Magela/Agência Senado)

Randolfe Rodrigues (PSOL): "Os jatos que eu e Luciana (Genro, candidata a vice) viajamos são os da TAM, Gol e Avianca" (Geraldo Magela/Agência Senado)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2014 às 10h02.

São Paulo - Ao contrário do adversário do PV, o futuro candidato do PSOL à Presidência da República, Randolfe Rodrigues, senador pelo Amapá, já roda o País neste período de pré-campanha. Segundo dirigentes partidários, foram gastos até agora R$ 60 mil, principalmente em passagens, hospedagens em hotéis modestos (no máximo três estrelas) e organização de eventos.

Com o discurso da ética na política como uma de suas bandeiras, Randolfe garante, por exemplo, não ter usado nenhuma vez a cota de passagens aéreas a que tem direito no Senado para se deslocar em agendas partidárias. "Os jatos que eu e Luciana (Genro, candidata a vice) viajamos são os da TAM, Gol e Avianca", brinca.

Para evitar problemas, ele diz ter reunido funcionários do gabinete no Senado e a direção do PSOL, logo após ser aclamado pré-candidato em fevereiro, a fim de separar as agendas - e os recursos - de parlamentar e de presidenciável. "Fizemos uma separação rígida para não misturas as coisas", assegura o parlamentar.

A necessidade de conciliar a tarefa de senador com a de pré-candidato de um partido nanico exige preparo físico e uma boa dose de paciência de Randolfe para frequentar os aeroportos brasileiros. Na semana passada, por exemplo, ele teve de acordar às 5h a fim de deixar o Rio de Janeiro e chegar a tempo em Brasília para o depoimento da presidente da Petrobrás, Graça Foster, no Senado.

A fim de reduzir gastos com deslocamento durante o período oficial de campanha, o PSOL também optou por instalar o comitê central e o estúdio dos programas partidários em Brasília, onde Randolfe precisará estar para comparecer ao Congresso. Até agora, ele visitou cinco capitais e o plano é viajar a mais quatro nos próximos meses.

Questionado sobre o abismo que separa sua pré-campanha da estrutura dos adversários - Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) viajam de jatinho e já contam com uma retaguarda de assessores, enquanto Dilma Rousseff (PT) leva vantagem por estar no cargo de presidente - Randolfe aproveita e parte para o ataque: "A pré-campanha precisa ser regulamentada e transparente. De onde vêm os recursos dos pré-candidatos?". 

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEleições 2014Partidos políticosPolíticaPolítica no BrasilPSOL – Partido Socialismo e Liberdade

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas