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PRB diz que não recebeu caixa 2 para apoiar chapa Dilma-Temer

A manifestação do partido foi enviada ao relator no TSE da ação que apura se a chapa cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger

Dilma-Temer: o PRB destacou "fatos públicos e notórios" para justificar o apoio à chapa Dilma-Temer (./Divulgação)

Dilma-Temer: o PRB destacou "fatos públicos e notórios" para justificar o apoio à chapa Dilma-Temer (./Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 20 de março de 2017 às 20h55.

Brasília - Em resposta encaminhada nesta segunda-feira, 20, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o Partido Republicano Brasileiro (PRB) disse não ter recebido caixa 2, propina ou "recurso financeiro proveniente de qualquer origem ilícita" para apoiar a chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) nas eleições de 2014.

A manifestação do partido, obtida pela reportagem, foi enviada ao ministro Herman Benjamin, relator no TSE da ação que apura se a chapa Dilma-Temer cometeu abuso de poder político e econômico para se reeleger.

"Tanto para disputar o pleito de 2014, quanto para conceder apoio político à chapa Dilma-Temer, o Partido Republicano Brasileiro (PRB) peremptoriamente informa a Vossa Excelência o seguinte: que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de caixa 2; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de propina; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de qualquer fonte vedada; que não recebeu nenhum recurso financeiro proveniente de qualquer origem ilícita", diz a manifestação do PRB, assinada nesta segunda-feira pelo presidente em exercício do diretório nacional, senador Eduardo Lopes (PRB-RJ).

Em depoimento prestado ao TSE em fevereiro, o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Alexandrino Alencar afirmou que a empreiteira pagou R$ 7 milhões para cada um desses três partidos: PROS, PCdoB e PRB, num total de R$ 21 milhões.

Segundo a reportagem apurou, Alexandrino disse ao ministro Herman Benjamin que os pagamentos foram feitos via caixa 2 para garantir o apoio político dessas siglas à chapa que unia PT e PMDB na campanha presidencial de 2014.

Em fevereiro, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, negociou um repasse de R$ 7 milhões do caixa 2 da Odebrecht para o PRB na campanha de 2014. Na época, o ministro afirmou "desconhecer" essa operação e disse que "delação não é prova".

Apoio

Em sua resposta encaminhada ao TSE, o PRB também destacou "fatos públicos e notórios" para justificar o apoio à chapa Dilma-Temer.

Entre eles cita que, em março de 2012, no primeiro mandato de Dilma, o ex-senador Marcelo Crivella (PRB) foi empossado ministro da Pesca e Aquicultura.

Também menciona a posse do deputado federal George Hilton (hoje filiado ao PSB) como ministro do Esporte, já no segundo mandato da petista.

"É por isso que é natural que as diversas agremiações partidárias que se unem para administrar e apoiar o governo, seja no poder Executivo, seja no Poder Legislativo, também se alinhem na campanha eleitoral para integrarem uma coligação para disputar uma eleição majoritária presidencial", explicou o partido ao TSE.

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