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PRB admite apoio a Eduardo Campos em 2014

"Hoje, no cenário atual, estamos com a presidente Dilma", disse o presidente do PRB, Marcos Pereira


	Marcos Pereira: o presidente nacional do PRB admitiu nesta segunda-feira que o seu partido poderá vir a apoiar a candidatura do governador de Pernambuco Eduardo Campos
 (PRB/Divulgação)

Marcos Pereira: o presidente nacional do PRB admitiu nesta segunda-feira que o seu partido poderá vir a apoiar a candidatura do governador de Pernambuco Eduardo Campos (PRB/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2013 às 10h15.

Recife - O presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, admitiu nesta segunda-feira que o seu partido poderá vir a apoiar a candidatura do governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, à Presidência da República, se ela vier a se concretizar.

Em entrevista na sede do PRB, em Recife, depois de ter almoçado com o governador, Pereira frisou que "hoje, no cenário atual, estamos com a presidente Dilma". Deixou claro, no entanto, que essa posição poderá mudar: "temos que aguardar e conversar com o governo, ver se a economia vai deslanchar, se vai melhorar, para poder ver para que lado a gente vai em 2014".

Pesquisas internas também ajudarão o partido a se decidir. "Não teria motivo aparente para dizer que o partido está insatisfeito (com o governo Dilma)", observou. "Mas nossas decisões, no PRB, são baseadas em pesquisas. Vamos fazer pesquisas e se elas mostrarem o contrário, a gente pode até mudar de opinião lá na frente".

Pereira diz que Eduardo Campos nada tem a perder com a candidatura. "Se eu fosse ele, disputaria a eleição", afirmou. Na sua avaliação, se o PSB conseguir alianças com outros partidos e conquistar cinco minutos de televisão, "a candidatura de Campos será competitiva e com grande chance de chegar ao segundo turno".

O PSB tem pouco mais de um minuto e o PRB trinta segundos. Mesmo sem os cinco minutos, na sua opinião, a disputa valeria a pena. "Lula perdeu três para ganhar a quarta eleição", lembrou, ao destacar que a candidatura de Celso Russomanno (PRB) à Presidência, em 2010, promoveu o aumento da bancada e reforçou a sigla nacionalmente. "Não perdemos nada".

No almoço, que teve peixe como prato principal, Marcos Pereira disse que a conversa girou em torno da "política econômica nacional, do crescimento pequeno do PIB, que tem que melhorar, da iminente inflação, que nos preocupa a ambos como presidentes nacionais de partidos que fazem parte da base do governo".


O crescimento econômico de Pernambuco, acima da média nacional, também foi abordado.

"Falamos pouco sobre 2014", disse ele, ao afirmar que Campos não tomou a iniciativa de abordar o assunto. Teria sido provocado por Pereira, que disse considerá-lo pré-candidato, embora o veja "mais centrado, comedido, aguardando, mais em observação do que em campanha". O socialista lhe reafirmou que só tratará do assunto em 2014.

São Paulo

Em Pernambuco, o PRB apoia o PSB. Em São Paulo, o PSB apoiou o então candidato do PT à prefeitura, Fernando Haddad. Marcos Pereira considera que uma negociação entre os dois partidos poderia ser feita em 2014, com o PSB apoiando a candidatura de Celso Russomanno ao governo paulista e o PRB ao lado do PSB, numa eventual disputa presidencial.

"Evidentemente isso tem importância, tem um peso, o que vamos considerar", disse. Segundo ele, Russomanno aparece em segundo lugar nas pesquisas internas, atrás do governador tucano Geraldo Alckmin.

Ele fez questão de frisar que falava por ele, não pelo partido e que este assunto não foi conversado com o governador. "Não falamos sobre isso", pontuou. Marcos Pereira também descartou a possibilidade de romper com o governo e entregar o Ministério da pesca e Aquicultura, que ocupa com Marcelo Crivella.

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