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PPS pede que Janot confirme delação sobre filho de Lula

O líder do PPS na Câmara pediu à Procuradoria-Geral da Repúblicaq ue confirme o teor da delação de lobista sobre o repasse de cerca de R$ 2 milhões a Lulinha


	Deputado Rubens Bueno (PPS-PR): Bueno cita notícias divulgadas pela imprensa
 (Jefferson Rudy/Agência Senado)

Deputado Rubens Bueno (PPS-PR): Bueno cita notícias divulgadas pela imprensa (Jefferson Rudy/Agência Senado)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2015 às 22h43.

Brasília - O líder do PPS na Câmara dos Deputados, Rubens Bueno (PR), pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) nesta terça-feira, 13, que confirme o teor da delação premiada do lobista Fernando Soares sobre o repasse de cerca de R$ 2 milhões ao filho do ex-presidente Lula.

Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, teria sido citado pelo lobista em sua colaboração à Operação Lava Jato.

Os depoimentos do delator ainda estão sob segredo de Justiça.

Bueno cita notícias divulgadas pela imprensa na segunda-feira, 12. Fernando Soares, também conhecido como Baiano, teria dito que o repasse foi destinado para pagar despesas pessoais de Lulinha.

Na mesma delação, o lobista teria admitido contato com o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB), mas não fez nenhuma revelação comprometedora a respeito do político. Os detalhes da delação foram divulgadas pelo jornal O Globo.

De acordo com o líder do PPS, se essas informações forem verdadeiras, Lulinha deverá ser convocado como investigado para prestar depoimento à CPI da Petrobras.

"Precisamos acabar com essa blindagem em torno de Lulinha e de outros personagens envolvidos no escândalo", argumentou, lembrando o requerimentos da CPI do BNDES e da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle para ouvir o filho do ex-presidente.

Bueno informou também que o partido vai pedir a prorrogação dos trabalhos da comissão que investiga o esquema de corrupção na estatal petrolífera.

A previsão inicial é que ela termine em 23 de outubro.

Fernando Baiano é apontado como lobista do PMDB no esquema de desvios da Petrobras. Baiano foi preso em novembro de 2014, na Operação Juízo Final, etapa da Lava Jato que alcançou o braço empresarial do esquema.

Em uma primeira ação, Fernando Soares foi condenado a uma pena de 16 anos e 1 mês de cadeia. Ele ainda responde a outros processos no âmbito da Lava Jato.

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