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PPS pede investigação sobre Cardozo em comissão

O PPS protocolou representação pedindo investigação do encontro do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com advogado da UTC


	Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: reuniões de Cardozo não seguiram os "preceitos éticos", segundo líder do PPS
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo: reuniões de Cardozo não seguiram os "preceitos éticos", segundo líder do PPS (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de fevereiro de 2015 às 19h31.

Brasília - O PPS protocolou nesta quarta-feira, 18, representação na Comissão de Ética da Presidência da República pedindo investigação do encontro do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, com o advogado da UTC Engenharia, Sérgio Renault, e o também advogado e ex-deputado Sigmaringa Seixas.

O pedido foi protocolado às 18h05 pelo líder do partido na Câmara, Rubens Bueno (PR). A comissão tem reunião marcada para o dia 25.

Bueno argumenta que as reuniões de Cardozo não seguiram os "preceitos éticos" da administração pública, uma vez que a Polícia Federal - responsável pelas investigações da Operação Lava Jato - está ligada ao Ministério da Justiça O deputado questiona as reuniões fora da agenda oficial do ministro.

"A violação é clara, já que não houve pedido formal de reunião com a identificação do requerente e o assunto que seria tratado pelo mesmo, por exemplo. Além disso, o decreto deixa claro que as audiências sempre devem ter caráter oficial, ainda que sejam realizadas fora do local de trabalho, e que o agente público deverá estar acompanhado de, pelo menos, outro servidor público", disse o parlamentar.

Bueno classificou como "desmoralizador" para o País as reuniões do ministro com os representantes das empreiteiras investigadas na Lava Jato. Ele defende que o ministro peça demissão. "O ministro da Justiça é quem deveria preservar a lei e, de repente recebe advogados de empreiteiras investigadas no escândalo da Petrobras? Todo mundo apurando e ele toma esse tipo de atitude? Ou assume uma atitude mais digna ou pede para sair do ministério, já que Dilma não demite ninguém", defendeu em nota.

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