Edifício do Congresso Nacional: Agelo Queiroz, governador do DF, não anunciou uma estimativa de quanto custaria a obra do estacionamento subterrâneo (Ana Volpe/Senado)
Da Redação
Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 18h52.
Brasília - O governo do Distrito Federal apresentou o projeto de construção de um mega estacionamento subterrâneo na Esplanada dos Ministérios para atender, principalmente, o Congresso Nacional.
A proposta da obra foi sugerida pelos presidentes das duas Casas, deputado Marco Maia (PT-RS) e senador José Sarney (PMDB-AP), ao governador Agnelo Queiroz (PT-DF) como forma de suprir o déficit de vagas, estimada em 7.500, para os carros que buscam parar nas proximidades do prédio do Congresso. Nesta quinta-feira, em reunião com o governador, Maia e Sarney deram aval para a proposta.
Os números são superlativos: 340 mil metros quadrados de área construída em quatro pavimentos distintos, garagem com a criação de 10 mil vagas para carros, esteiras rolantes para facilitar a locomoção do público, praça de alimentação e área para a instalação de prestadores de serviços e bancos, que atualmente têm suas agências nas dependências do Congresso.
O governador não soube estimar o valor total da obra que será executada dentro de uma Parceria Público-Privada (PPP). "Não haverá desembolso do governo", disse Agnelo. A empresa vencedora da licitação ficará responsável pela obra e, depois, pela exploração do serviço, que será pago. "Nós faremos um espaço subterrâneo para dar conforto e preservar o projeto arquitetônico de Brasília. Há uma necessidade (do Congresso) e uma demanda concreta da cidade (por estacionamento)", disse Agnelo.
O Plano Piloto de Brasília, incluindo a Esplanada, é declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco e não pode sofrer alterações visuais que descaracterize o projeto original. A previsão é que o edital com as regras de licitação seja lançado dentro de três meses e a obra concluída entre dois e três anos. Agnelo afirmou que a construção do estacionamento, beneficiando o transporte individual, não vai anular sua proposta de ampliar o transporte público no Distrito Federal.