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PP fará declaração de apoio à candidatura de Dilma

Partido marcou para a próxima semana uma declaração de apoio formal à candidata petista


	Ciro Nogueira: partido comandado pelo senador visa encerrar especulações levantadas pela movimentação de dissidentes internos
 (Marcello Casal Jr/ABr)

Ciro Nogueira: partido comandado pelo senador visa encerrar especulações levantadas pela movimentação de dissidentes internos (Marcello Casal Jr/ABr)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2014 às 20h29.

Brasília - Mesmo assediado por uma ala do partido a não embarcar no projeto eleitoral da reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), o PP marcou para a próxima semana, no dia 27 de maio, fazer uma declaração de apoio formal à candidata petista.

Com isso, o partido comandado pelo senador Ciro Nogueira (PI) visa encerrar especulações levantadas pela movimentação de dissidentes internos, que defendem uma aliança nacional com o pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves (MG), ou ao menos a neutralidade.

Apesar do anúncio formal ocorrer na semana que vem, num almoço em Brasília, o apoio só deve ser oficializado na convenção nacional da legenda, em 25 de junho.

Dentro do PP, partido que comanda o Ministério das Cidades, as principais vozes pró-Aécio são a senadora Ana Amélia, pré-candidata ao governo do Rio Grande do Sul; o presidente de honra do PP e tio do tucano, senador Francisco Dornelles (RJ), e o atual governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho.

Há uma semana, Coelho chegou a ir à Câmara pedir que os deputados fechassem fileiras com Aécio, sob o argumento de que, além de Minas, diretórios como o do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e de Goiás consideram seguir o mesmo caminho.

O senador Ciro Nogueira afirmou que a expressiva maioria dos diretórios estaduais caminharão com Dilma. De acordo com ele, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Acre devem seguir com Aécio Neves.

Nogueira disse esperar que declaração de apoio no dia 27 de maio ajude a acabar com "especulações" de que a direção nacional poderia abandonar a reeleição de Dilma.

Integrantes do partido também devem se encontrar com Dilma na semana que vem para levar-lhe a garantia de que a legenda ficará com ela na sucessão presidencial.

Nos últimos dias, o governo fez movimentos para garantir os aliados na sua coalizão. Alguns deles, como PMDB, PP e PR, enfrentam resistências internas que têm feito com que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva entre em campo.

O petista se encontrou na segunda-feira em um hotel em São Paulo com integrantes da cúpula nacional do PMDB.

Os peemedebistas saíram com a certeza de que ele deverá apoiar seus candidatos ao governo, tendo em vista que os impasses regionais entre PT e PMDB são um dos principais obstáculos para concretizar a aliança.

A reunião contou com a participação do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), do presidente em exercício do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), do líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, do líder do governo no Senado, Eduardo Braga (PMDB-AM), e dos senadores Vital do Rêgo (PMDB-PB) e Romero Juca (RR).

Entre os temas discutidos na reunião estaria a aliança no Ceará, um dos problemas das duas legendas, onde o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira, deverá lançar candidatura ao governo local.

"Lula disse com todas as letras que vai apoiar o Eunício, independentemente do que acontecer lá com o PT", afirmou o senador Valdir Raupp. Questionado sobre que tipo de apoio teria ficado acertado com o ex-presidente Lula, o senador respondeu: "Acho que é integral, gravar os programas, pedir voto".

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