Chapa de vereadores do PP enfrenta impasse após pedido de cassação (Reprodução/Instagram)
Agência de notícias
Publicado em 3 de dezembro de 2024 às 21h49.
O vereador Major Palumbo, líder do PP na Câmara Municipal, informou na tarde desta terça-feira, 3, que sua sigla pretende sair da base do prefeito Ricardo Nunes (MDB). A decisão é motivada, disse, por uma ação que pede a impugnação da chapa de vereadores da sua legenda por fraude à cota de gênero. A peça é de autoria do vereador Paulo Frange, filiado ao partido do prefeito.
"Isso me deixa muito espantado, são dois anos e meio apoiando as ações do governo, apoiando a campanha do prefeito", disse Palumbo antes de anunciar que sairia da base do governo. "Nós não vamos tolerar esse tipo de política", afirmou.
Segundo o vereador, a peça de Frange é "idêntica" a uma feita pelo PT. Ele acusa o vereador emedebista de tentar "ganhar no tapetão" uma vaga na Casa, tendo em vista que ele não conseguiu se reeleger neste ano.
Na Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) de Frange, ele diz que as candidatas Alzira Força, Dorinha Chaves, Eliene Ribeiro, Gilmara Vanzo e Renata Del Bianco foram usadas para "preencher formalmente" a cota. Segundo determinação da Justiça Eleitoral, os partidos devem ter um mínimo de 30% de candidaturas femininas.
Caso tenha um parecer favorável a Frange, além de Palumbo, Janaína Paschoal, Dr. Murillo Lima e Sargento Nantes, eleitos neste ano, não assumiram seus mandatos. Haveria assim uma redistribuição das vagas para outros partidos, o que beneficiaria Frange, primeiro suplente do MDB.
Em nota, o presidente municipal do MDB em São Paulo disse que a ação do vereador é "uma decisão individual e isolada". "Não foi conversada com ninguém do MDB e nem com o prefeito. Ficamos sabendo pela mídia que ele entrou com a ação", escreveu. "O MDB respeita o voto popular. O PP é um parceiro de primeira ordem do governo do prefeito Ricardo Nunes e elegeu uma boa bancada com a qual queremos trabalhar juntos", completou.