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Postos esperam orientação do governo aos Procons sobre desconto no diesel

O desconto recai sobre preço nas refinarias e portaria determina que postos devem aplicá-lo, mas estabelecimentos compram de distribuidoras

Postos de gasolina: há 41.000 postos de combustíveis em todo o país e que esse é, na cadeia do petróleo, o elo onde há maior competição, segundo presidente de federação (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Postos de gasolina: há 41.000 postos de combustíveis em todo o país e que esse é, na cadeia do petróleo, o elo onde há maior competição, segundo presidente de federação (Fernando Frazão/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de junho de 2018 às 18h10.

Brasília - Os postos de combustíveis aguardam orientação do governo aos Procons quanto à concessão do desconto de R$ 0,46 por litro de diesel. "A portaria (que determinou o repasse do desconto às bombas) é muito superficial e genérica", disse nesta segunda-feira, 4, o presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), Paulo Miranda Soares. "Não dá para saber o que o governo quer." Ele informou que pediu esclarecimentos nesta segunda ao Ministério da Justiça.

A dúvida se deve ao fato de o desconto recair sobre o preço nas refinarias e a portaria determinar que os postos de gasolina devem aplicá-lo. "Mas os postos não compram das refinarias, eles compram das distribuidoras", disse o executivo. "Só vou conseguir repassar se a distribuidora reduzir o diesel para mim."

Ele acrescentou que há 41.000 postos de combustíveis em todo o país e que esse é, na cadeia do petróleo, o elo onde há maior competição. "Eu quero atender bem aos meus clientes", comentou. "O que eu puder repassar, eu vou repassar."

Miranda disse ter ouvido do Ministério da Justiça que, nesta segunda-feira, os Procons serão orientados sobre como fiscalizar os postos e verificar se o repasse está de fato ocorrendo.

Mais cedo, o secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, disse que alguns postos ainda comercializam diesel comprado pelo preço antigo, por isso ainda não aplicam o desconto. "Não tenho dúvida que os R$ 0,46 serão repassados", afirmou. A fiscalização do repasse desse desconto e a normalização do abastecimento são as prioridades do momento para o governo, no que diz respeito aos combustíveis.

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