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Post de grupo do Facebook traz placar de mortes nas prisões

Crise penitenciária é acompanhada em tempo real pela página, que conta com mais de 45 mil pessoas

Crise penitenciária tem dominado os noticiários e repercute nas redes sociais (Reuters)

Crise penitenciária tem dominado os noticiários e repercute nas redes sociais (Reuters)

Marcelo Ribeiro

Marcelo Ribeiro

Publicado em 19 de janeiro de 2017 às 16h23.

Última atualização em 23 de janeiro de 2017 às 16h01.

Brasília -- Com o nome “Direita ao Vivo”, uma comunidade no Facebook seguida por mais de 45 mil internautas traz posts diários com o placar das mortes nos presídios brasileiros.

Em sua última postagem sobre a crise penitenciária, o grupo trazia uma tabela com a classificação do que eles chamam de "série A dos Jogos Penitenciários". Na liderança, aparece o Carandiru, em São Paulo, com 111 mortos, em referência ao Massacre do Carandiru, em 1992.

Em seguida, aparecem as penitenciárias de Manaus (60 mortos), Roraima (33), Urso Branco (27), em Rondônia, e Alcaçuz (26), no Rio Grande do Norte. O conteúdo também viralizou no WhatsApp.

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Procurados por EXAME.com, os responsáveis pela página no Facebook afirmaram que a ideia do placar surgiu durante uma transmissão ao vivo. "Em uma dessas transmissões, utilizamos o conteúdo de um jornal do Norte. Teve muita repercussão. Um dos comentários foi que estava parecendo os jogos mortais".

Indagados sobre como enxergam a crise penitenciária, os responsáveis pela comunidade disseram que essa é uma situação complicada para os familiares, mas atribuíram parte da responsabilidade aos próprios presos, já que "tudo é resultado de uma rivalidade entre as facções".

Eles não temem uma eventual repercussão negativa após o "placar das matanças". "Temos que mostrar a realidade. Bandidos estão se matando pelo controle do tráfico, para perpetuar uma facção criminosa. Temos que temer pela vida dos inocentes que tiveram a vida condenada por esses bandidos, sem direito a segunda chance".

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