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Pós-Cunha: a força do Centrão

Eduardo Cunha se foi, e uma guerra pela presidência da Câmara começou. O emergente Centrão, que reúne 13 partidos e 260 deputados, sai na frente na corrida. O bloco tem pelo menos dois nomes fortes: Rogério Rosso (PSD-DF), que comandou a comissão de impeachment, e Beto Mansur (PRB-SP), atual membro da Mesa da Casa e […]

CÂMARA: projeto que permite a terceirização da mão de obra deve ser aprovado hoje / Ueslei Marcelino/ Reuters

CÂMARA: projeto que permite a terceirização da mão de obra deve ser aprovado hoje / Ueslei Marcelino/ Reuters

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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2016 às 06h29.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h56.

Eduardo Cunha se foi, e uma guerra pela presidência da Câmara começou. O emergente Centrão, que reúne 13 partidos e 260 deputados, sai na frente na corrida. O bloco tem pelo menos dois nomes fortes: Rogério Rosso (PSD-DF), que comandou a comissão de impeachment, e Beto Mansur (PRB-SP), atual membro da Mesa da Casa e até pouco tempo aliado de Cunha.

Entre os maiores partidos, Rodrigo Maia (DEM-RJ), é um dos cotados, mas tem muitos desafetos na Câmara. Analistas veem com poucas chances as candidaturas de Antonio Imbassahy (PSDB-BA), Heráclito Fortes e Julio Delgado, ambos do PSB. A zebra pode ser o deputado catarinense Esperidião Amin, do PP, que reúne experiência e trânsito entre diversos grupos parlamentares.

O governo é o maior interessado na sucessão. Para o Planalto, ter um aliado na presidência da Câmara aumenta as chances de aprovar medidas importantes, como projetos que tratam da reforma previdenciária, o teto de gastos públicos, a flexibilização das leis do trabalho, entre outros.

Para o PMDB, cujo candidato é o paranaense Osmar Serraglio, pode ser interessante ver o Centrão chegar ao poder. Quem assumir a Câmara hoje terá apenas um mandato-tampão até 2017. No ano que vem, novas eleições ocorrem. O maior partido da Câmara pode adotar a tática de apoiar algum nome agora para cobrar um mandato completo no próximo ano.

O risco, neste caso, é que a iminência de conquistar o poder abale a principal característica do bloco: a união. “Se o Centrão não lidar com muito tato a sucessão da presidência, pode rachar”, diz o cientista político André Cesar Pereira, da Hold Assessoria Parlamentar. Seria péssimo para o governo, que precisaria articular isoladamente com uma miríade de partidos. Por outro lado, um Centrão fortalecido pode tentar impor pautas que vão na contramão da necessidade de ajuste do governo. A eleição está marcada para a próxima terça-feira.

Confira os 12 candidatos à presidência da Câmara:

PSB:
Hugo Leal (RJ)
Júlio Delgado (MG)
Heráclito Fortes (PI)

PMDB:
Osmar Serraglio (PR)

PSDB:
Antônio Imbassahy (BA)

DEM:
Rodrigo Maia (RJ)
José Carlos Aleluia (BA)

PSD:
Rogério Rosso (DF)

PP:
Esperidião Amin (SC)

SD:
Carlos Manato (ES)

PRB:
Beto Mansur (SP)

PR:
Fernando Giacobo (PR)

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