Brasil

Portuários fazem paralisação no próximo dia 19

Os trabalhadores temem mudanças no modelo de contratação de funcionários adotado pelos portos públicos com a eventual aprovação da MP dos Portos


	Porto de Santos, em São Paulo: a paralisação dos trabalhadores pode virar greve, afirmou Paulinho da Força, do PDT
 (Germano Lüders / EXAME)

Porto de Santos, em São Paulo: a paralisação dos trabalhadores pode virar greve, afirmou Paulinho da Força, do PDT (Germano Lüders / EXAME)

DR

Da Redação

Publicado em 6 de março de 2013 às 16h25.

Brasília - Os trabalhadores portuários decidiram paralisar as atividades em todos os portos do País por 24 horas no próximo dia 19. Eles anunciaram a decisão após se reunirem com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), no início da tarde desta quarta-feira.

"Achamos que as negociações estão muito lentas. Então vamos parar as atividades para pressionar. Caso não resolva, vamos nos reunir novamente e discutir uma possível greve", destacou o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, que acompanhou os cerca de 50 mil sindicalistas que participam de uma série de reuniões em Brasília hoje.

Durante a reunião, além de apresentarem uma ampla pauta de reivindicações da Central Única dos Trabalhadores (CUT), que também participou do encontro, os portuários voltaram a falar de suas preocupações com a possibilidade de que os novos portos privados adotem um modelo de contratação de trabalhadores diferente do que é feito pelos portos públicos, a partir da aprovação da Medida Provisória 595, a chamada MP dos Portos.

Uma das polêmicas da MP refere-se aos Órgãos Gestores de Mão de Obra (Ogmos). Hoje, as empresas que estão nos portos organizados são obrigadas a contratar trabalhadores avulsos, controlados pelos Ogmos, para cumprir funções relacionadas ao desembarque a bordo do navio e fazer a conferência da carga na embarcação e em terra. Os trabalhadores defendem que o modelo atual, mas a MP acaba com essa obrigatoriedade, abrindo a possibilidade de as empresas contratarem celetistas.

Outra questão reivindicada pelos trabalhadores é que o serviço de segurança nos terminais privados seja função do Estado, e não terceirizado, como previsto no texto original, encaminhado pelo Executivo.

O governo federal tem defendido que a medida provisória tem a finalidade de aumentar a competitividade dos portos do País. A intenção é fazer uma votação rápida, a exemplo do que foi feito com a MP do setor elétrico. Segundo o relator da MP na Comissão Especial, o senador Eduardo Braga (PMDB-AM), a intenção é aprovar o relatório até o dia 10 de abril.

Acompanhe tudo sobre:GrevesInfraestruturaPortosTransportes

Mais de Brasil

Banco Central comunica vazamento de dados de 150 chaves Pix cadastradas na Shopee

Poluição do ar em Brasília cresceu 350 vezes durante incêndio

Bruno Reis tem 63,3% e Geraldo Júnior, 10,7%, em Salvador, aponta pesquisa Futura

Em meio a concessões e de olho em receita, CPTM vai oferecer serviços para empresas