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Porto do Rio de Janeiro amplia capacidade de operação

Meta é aumentar a profundidade do canal, de 15 metros para 17 metros

A Secretaria dos Portos prepara a segunda fase da obra e anunciou uma licitação de 95 milhões de reais para 2011 (Divulgação/Secretaria dos Portos)

A Secretaria dos Portos prepara a segunda fase da obra e anunciou uma licitação de 95 milhões de reais para 2011 (Divulgação/Secretaria dos Portos)

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Da Redação

Publicado em 3 de setembro de 2011 às 17h45.

Rio de Janeiro - O porto do Rio de Janeiro ampliou sua capacidade de operação. Foi finalizada a primeira etapa de dragagem do terminal, na última sexta-feira (2). A informação é da Secretaria dos Portos, que prepara a segunda fase da obra e anunciou uma licitação de R$ 95 milhões para 2012. A meta é aumentar a profundidade do canal, de 15 metros para 17 metros.

De acordo com a Companhia Docas do Rio de Janeiro, com a segunda etapa da dragagem, o porto do Rio poderá movimentar até 2 milhões de contêineres por ano até 2020 - número superior aos 400 mil contêineres que passaram pelo terminal em 2010. Neste ano, com aumento do calado de 13 metros para 15 metros, o volume de carga também tende a ser maior.

Entre os benefícios do aprofundamento do terminal está a redução do preço do frete cobrado pelos navios, já que o porto poderá receber embarcações maiores. Segundo o consultor em dragagem, o engenheiro naval Marcos Nicoletti, o valor não cai imediatamente porque depende de fatores como a concorrência, mas a escavação permite ao menos que embarcações maiores atraquem.

A primeira fase da dragagem do porto durou cerca de um ano e consumiu R$ 138,8 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A obra foi feita pelo grupo holandês Van Oord. O terminal poderá receber agora navios com até 8 mil contêneires, três mil a mais do que anteriormente.

Segundo Nicoletti, outra vantagem da obra no local são os custos da dragagem e da manutenção do calado do porto Rio. Por estar localizado na Baía de Guanabara onde a sedimentação é do tipo lama, que gera menos assoreamento e é mais fácil de ser retirada do que a área, comum nos terminais de Santos (SP), de Vitória (ES) e Paranaguá (PR), por exemplo.

"A lama, mais comum em portos de baía, é mais fácil e mais barata de dragar do que a areia, proveniente da sedimentação de portos em boca de rio”, como é o caso dos portos citados.

Para adequar o porto do Rio às exigências da Vigilância Sanitária, a Secretaria dos Portos também anunciou que o terminal participará de um projeto com mais 21 terminais para a coleta e descarte de resíduos sólidos. Serão destinado para o programa R$ 125 milhões em três fases.

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