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Porto de Santos registra nova explosão

As equipes tentam resfriar a área, uma vez que a extinção das chamas é impossível nos tanques que armazenam milhões de litros de combustível


	Incêndio: a extinção das chamas é impossível nos tanques que armazenam milhões de litros de combustível
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Incêndio: a extinção das chamas é impossível nos tanques que armazenam milhões de litros de combustível (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2015 às 14h13.

Santos - Uma nova explosão foi registrada na manhã desta sexta-feira, no incêndio que atinge, há mais de 24 horas, tonéis da empresa Ultracargo, no porto de Santos, litoral sul de São Paulo.

Desde o começo do incêndio, às 10 horas desta quinta-feira, as equipes tentam resfriar a área, uma vez que a extinção das chamas é impossível nos tanques que armazenam milhões de litros de combustível (etanol e gasolina). Os trabalhos ainda podem durar três dias.

Na região do incidente, houve chuva de cinzas, mas especialistas afirmam que não se trata de resíduo tóxico. De qualquer forma, a recomendação é para que as pessoas evitem exposição ao material.

Neste momento, três tanques estão pegando fogo e uma coluna de fumaça é vista de vários pontos distantes do local. Em muitos locais das cidades de Santos e São Vicente é possível sentir cheiro de queimado. No começo da noite de ontem, um dos quatro tanques desabou e o combustível ficou espalhado, dificultando ainda mais a contenção das chamas.

Ao menos 80 homens do Corpo de Bombeiros trabalham no local, com 22 viaturas, em uso ininterrupto de água e uma espuma especial nas áreas externas dos tanques atingidos pelo incêndio. A temperatura ainda é muito elevada, perto de 800 graus, o que provoca a evaporação da água antes que ela atinja os tonéis.

De acordo com a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), o movimento de navios no canal do estuário permanece interrompido no local do incêndio. Apenas a embarcação Governador Fleury, que pertence ao Corpo de Bombeiros, está no cais, de onde permanece bombeando água do mar para os caminhões tanques.

Os cinco navios removidos da área pela Praticagem continuam na Barra de Santos, aguardando autorização para retornar. A Codesp reforça que as demais instalações do Porto de Santos funcionam normalmente.

O acesso para o Porto pelo Viaduto da Alemoa, no km 62 da Rodovia Anchieta, permanece fechado. O Sistema Anchieta-Imigrantes funciona em esquema 7x3, com todas as pistas da Via Anchieta e a pista sul da Rodovia dos Imigrantes para descida ao litoral.

A subida é feita somente pela pista norte da Imigrantes. De acordo com a concessionária Ecovias, há lentidão neste momento na Anchieta, entre do km 62 ao 65, na chegada a Santos.

Na Imigrantes, o motorista encontra 10 quilômetros de congestionamento no começo do trecho, na região de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, do km 43 ao km 53. No sentido oposto, não há problemas.

Atendimentos

O bombeiro Claudio Rodrigues Gonçalves, de 39 anos, foi atingido no olho por uma fagulha e precisou ser levado ao Pronto Socorro Central de Santos para avaliação oftalmológica, mas já teve alta.

A Prefeitura de Santos informou que o SAMU atendeu 34 pessoas no local, todos homens com superaquecimento.

"Não é queimadura. Isso acontece porque as vítimas são funcionários da área industrial da Alemoa, usam roupas pesadas, sofrem alterações na pressão arterial e aumento na temperatura corporal", segundo a prefeitura.

Crises nervosas e inalação de fumaça também foram registradas nos pacientes. Todos foram atendidos no local e liberados. No Pronto-Socorro Central de Santos, três pessoas com crises nervosas foram medicadas e liberadas.

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