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Por vingança do mensalão, PT fala em vetar Gurgel

Senadores do partido ameaçam não apoiar a recondução de Gurgel ao cargo de procurador-geral da República

Procurador Roberto Gurgel pediu a condenação de 36 envolvidos no mensalão (Agência Brasil)

Procurador Roberto Gurgel pediu a condenação de 36 envolvidos no mensalão (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2012 às 15h27.

Brasília - Senadores do PT ameaçam, nos bastidores, votar contra a indicação de Roberto Gurgel para um novo mandato à frente da Procuradoria-Geral da República. A ação seria uma retaliação à manifestação entregue por ele em julho, pedindo a condenação de 36 réus no processo do mensalão. Parte dos réus é filiada ao PT.

A articulação petista foi revelada pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), em uma conversa na vice-presidência da República, da qual participaram Michel Temer e outros caciques peemedebistas. O líder do PT, Humberto Costa (PE), reconhece que há desconforto no partido, mas acha que, na hora da votação, os petistas darão respaldo à decisão da presidente Dilma Rousseff de reconduzir Gurgel.

A sabatina do procurador-geral da República ocorrerá hoje na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Se a indicação for aprovada pela comissão, seguirá para o plenário. Nos dois casos, a votação é secreta. Gurgel foi indicado por Dilma após ter sido o mais votado em eleição da Associação Nacional dos Procuradores da República.

O DEM, comandado pelo líder Demóstenes Torres (GO), votará contra Gurgel, por causa de um parecer em que poupava Antonio Palocci quando o ex-ministro tentava continuar na Casa Civil. O partido quer convencer o PSDB a seguir o mesmo caminho. Se o PT, no voto secreto, também ficar contra a recondução, a indicação de Gurgel poderia correr risco.

Humberto Costa, porém, nega a possibilidade de retaliação pelo PT no Senado, embora admita haver "desconforto" por parte de colegas da bancada. Segundo o senador, o assunto foi debatido em reunião interna e as manifestações foram favoráveis à recondução de Gurgel, por ter o respaldo do Ministério Público e ter sido indicado por Dilma. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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