MILITARES: reforma só será levada adiante quando incluir todos os setores da sociedade, segundo parlamentares / Ricardo Moraes/Reuters (Ricardo Moraes/Reuters)
Da Redação
Publicado em 27 de fevereiro de 2019 às 06h23.
Última atualização em 27 de fevereiro de 2019 às 06h44.
Se há uma certeza acerca do texto geral da reforma da previdência é que ele não será aprovado sem antes incluir a categoria militar. O próprio presidente da câmara dos deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) já declarou que, para o parlamento, a reforma só será levada adiante quando incluir todos os setores da sociedade. Nesta quarta-feira, 27, Maia deve almoçar com o presidente do Senado Davi Alcolumbre (DEM-AP) e com o ministro da economia Paulo Guedes para discutir sobre o tema e dar início ao rito de aprovação da reforma, que ainda está parada.
Nesta segunda-feira, Maia afirmou durante debate promovido pela Folha e pela FGV, em São Paulo, que a demora na apresentação do texto voltado para as Forças Armadas atrasa a reforma da Previdência que foi apresentada ao Congresso pelo governo Jair Bolsonaro na semana passada.
Para a parlamentar Joice Hasselmann (PSL), indicada líder do governo no Congresso, “é natural que a Câmara queira ver o projeto envolvendo os militares”, pois “a nova Previdência é para todo mundo. Isso precisa ser evidenciado para os parlamentares e para a sociedade. Esse recado é para todos”, disse.
A preocupação de que a reforma para os militares atrapalhe a tramitação da reforma geral é tamanha que logo na segunda-feira o presidente Jair Bolsonaro reuniu os ministros Fernando Azevedo (Defesa) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República) além de alguns comandantes das Forças Armadas para tratar sobre o tema.
A expectativa dos aliados do governo é que se consiga adiantar o prazo estipulado de 20 de março para a apresentação das novas regras de aposentadoria das Forças Armadas. A meta do governo é que a reforma da previdência seja aprovado no primeiro semestre deste ano.
O governo quer aumentar o tempo de contribuição dos militares de 30 para 35 anos, segundo o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho. A proposta também deve englobar a Previdência de policiais militares e de bombeiros, atualmente submetidos a regras especiais dos estados.