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Por reestruturação e melhores salários, 200 policiais federais suspendem atividades em SP

Paralisação envolve delegados, agentes, escrivães, papiloscopistas e peritos

Sede da Polícia Federal, em Brasília (DF) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Sede da Polícia Federal, em Brasília (DF) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 16 de novembro de 2023 às 20h35.

Policiais federais fizeram ato público e suspenderam as atividades, nesta quinta, 16, na capital paulista e em unidades do interior e litoral do estado em 'defesa da reestruturação das carreiras policial e administrativa e melhorias salariais'. Em São Paulo, os manifestantes se concentraram em frente à sede da Superintendência da PF, na Lapa de Baixo.

Cerca de 200 policiais, entre delegados, agentes, escrivães, papiloscopistas e peritos, além de servidores administrativos, participaram do ato.

Em outros Estados, os federais também fizeram manifestações contra o que chamam de 'desrespeito' do governo nas negociações com a classe. "A falta de avanço nas negociações da instituição com o governo, que chegou a chancelar uma proposta, que contemplaria as carreiras policial e administrativa da Polícia Federal, motivou a nova mobilização da categoria", informou o Sindicato dos Policiais Federais em São Paulo.

Uma primeira manifestação já havia sido realizada em 26 de outubro. O ato desta quinta, 16, Dia do Policial Federal, recebeu grande adesão em todo o País. Susanna do Val Moore, presidente do Sindicato, destacou que 'diversos cargos da esfera federal passaram por reestruturação nos últimos 20 anos, o que não aconteceu, ainda, com a Polícia Federal'.

Segundo ela, a instituição 'corre o risco de ficar defasada, inclusive para combater o crime com a eficiência que a tornou referência em todo o País'.

"Não podemos ficar para trás, pois é a sociedade que também perde.", alertou Susanna. "Por enquanto, só temos promessas por parte de governos, e nunca cumpridas. Peço que todos nos mantenhamos unidos nesta pauta", convocou.

A delegada Tânia Prado - presidente da Federação Nacional dos Delegados da Polícia Federal -, ressaltou a importância da mobilização em um dia simbólico da corporação. "Hoje é o Dia do Policial Federal. Mais um ano que passamos sem ter motivos para comemorar. Não temos alternativa para cobrar a promessa de reestruturação por parte do Ministério da Justiça, senão esta mobilização", anotou Tânia Prado.

Carlos Sobrinho, representante regional do Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da PF, pregou união da categoria, em suas mais diversas funções. "Os servidores administrativos têm de estar unidos às demais categorias, para que haja a valorização de todos, de forma a tornar a Polícia Federal mais eficiente para servir à sociedade."

Em frente à Superintendência, Ricardo Saad, da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais, declarou que as reivindicações, também por melhores salários, 'vão além dos muros da instituição'.

"O cidadão está acostumado a ver a Polícia Federal todos os dias nas ruas e quer continuar tendo este orgulho", observou Saad. "Esta é uma pauta do Estado e os governantes precisam saber e entender isso. Sabemos que há uma construção em jogo, mas não podemos ser ignorados."

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