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Por ingressos, Procon move ação coletiva contra a FIFA

Órgão entrou com ação coletiva para cobrar mais esclarecimentos com relação ao sistema de sorteio de ingressos para a Copa do Mundo


	Maracanã: ação também exige o fim da cobrança de uma taxa de desistência dos compradores que desistirem dos bilhetes
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Maracanã: ação também exige o fim da cobrança de uma taxa de desistência dos compradores que desistirem dos bilhetes (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2013 às 18h35.

Rio - O Procon-RJ entrou com ação coletiva contra a FIFA para cobrar mais esclarecimentos com relação ao sistema de sorteio de ingressos para a Copa do Mundo de 2014. O órgão entende que os torcedores que se inscreveram para adquirir as entradas (mais de 6 milhões) não foram informados de forma adequada sobre como se dará o processo de sorteio.

A ação também exige o fim da cobrança de uma taxa de desistência dos compradores que desistirem dos bilhetes. De acordo com o Procon-RJ, o Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê o direito de arrependimento em qualquer compra e que a Lei Geral da Copa não se sobrepõe ao CDC nesse aspecto.

"Não estamos questionando o sorteio, que é um formato legítimo, até porque a Lei da Copa deu poderes à FIFA para determinar como se dará a distribuição dos ingressos", comentou a analista jurídica da autarquia, Roberta Coimbra. "O problema é que no site da FIFA ou em qualquer outro lugar não há nenhuma informação detalhando como será feito esse sorteio. Zero", disse Coimbra, que reforçou que a cobrança de taxa aos desistentes deve ser cancelada imediatamente.

O Departamento de Imprensa da FIFA, em resposta à reportagem, alegou que a entidade ainda não havia sido notificada da ação. Apesar disso, informou que o sorteio será feito como nas edições anteriores da Copa, por computador. Disse ainda que o Brasil escolheu a Caixa Econômica Federal para monitoramento e auditoria do processo.

Coimbra revelou à reportagem que um advogado da entidade esteve no Procon para discutir o assunto, mas sem qualquer documentação. "Mas a confirmação de entrega ainda não voltou para a gente. Vamos aguardar", contou a analista.

A FIFA tem 15 dias para apresentar defesa ao órgão de defesa do consumidor. Caso não o faça, ou as justificativas sejam insatisfatórias, a entidade estaria sujeita a multa de R$ 480 a R$ 7 milhões.

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