Aécio Neves: segundo ele, a melhora na aprovação da presidente "de forma alguma" prejudicará a construção de um discurso da oposição (Nelio Rodrigues/Agência Primeiro Plano)
Da Redação
Publicado em 19 de março de 2013 às 16h28.
Brasília - O senador Aécio Neves (PSDB-MG) disse nesta terça-feira que a popularidade da presidente Dilma Rousseff não causa dificuldades para a oposição. De acordo com Aécio, essa popularidade tem vínculo com o atual momento do País e com as medidas de grande alcance popular tomadas por Dilma. "Todas elas fortalecidas pela propaganda oficial", como nos casos da redução da tarifa de energia elétrica e da desoneração da cesta básica, argumentou. Segundo ele, a melhora na aprovação da presidente "de forma alguma" prejudicará a construção de um discurso da oposição.
Pesquisa divulgada nesta terça-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) mostra um aumento de um ponto porcentual na aprovação do governo em relação ao levantamento anterior, de dezembro, alcançando parcela de 63% da população que considera a gestão Dilma ótima ou boa.
Ao mesmo tempo, a sondagem apontou um aumento de 78% para 79% na aprovação do modo de a presidente governar e uma redução da fatia de quem desaprova, atualmente em 17%.
"Essa pesquisa revela uma sensação de bem-estar que existe, em grande parte, por causa do rigor do governo de Fernando Henrique no combate à inflação, inflação essa que está voltando", disse Aécio, no Senado, após reunião com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB). Conforme o senador do PSDB de Minas Gerais, "tudo tem seu tempo" e atualmente ainda não há um "debate eleitoral".
Aécio disse que é preciso se "preocupar em construir nosso discurso, nossa agenda para o País". Ele fez uma crítica à condução da administração Dilma. "Se hoje há essa avaliação, em boa parte é resultado de uma sensação de bem-estar que ainda existe no Brasil, construída, em grande parte, por nós, a partir do controle da inflação, que por sinal começa a ameaçar e comprometer a renda das famílias", afirmou.