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Políticos brasileiros estão paranoicos com gravações, diz NYT

A reportagem do jornal americano descreve que mesmo após o impeachment de Dilma Rousseff, o Brasil está longe de resolver a sua guerra política

 (Ueslei Marcelino / Reuters)

(Ueslei Marcelino / Reuters)

Valéria Bretas

Valéria Bretas

Publicado em 2 de dezembro de 2016 às 10h33.

Última atualização em 2 de dezembro de 2016 às 11h19.

São Paulo – Em texto publicado nesta sexta-feira, o jornal norte-americano The New York Times afirma que os os políticos brasileiros entraram em uma nova fase tumultuada: a paranoia.

“Com o avanço da tecnologia chegando ao ponto de alguém gravar secretamente uma conversa no escritório com um smartphone, os nervos estão se desgastando sobre essas traições no ambiente político cada vez mais paranoico do Brasil”, diz o texto.

A publicação se refere à denúncia de tráfico de influência feita pelo ex-ministro da Cultura Marcelo Calero (PSDB-RJ), que foi determinante para o pedido de demissão do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).

Segundo o jornal, o impeachment de Dilma Rousseff não foi suficiente para resolver a guerra política que pauta o país. Mas, de acordo com a publicação,o mandato do presidente Michel Temer ainda não estaria  por um fio.

“O Sr. Temer está enfrentando agora a crise mais aguda de sua curta presidência, mas são poucos os que enxergam algum risco iminente de sua queda”, afirma a publicação.

Mesmo assim, de acordo com a publicação, as conversas gravadas por Calero ampliaram o nervosismo de grandes nomes da política nacional diante de investigações sobre corrupção.

Citando o conceito atribuído a Nicolau Maquiavel, de que os fins justificam os meios, o NYT diz que “em cada grande virada na crise política do Brasil ao longo do último ano, as gravações são táticas reveladoras que fariam Maquiavel orgulhoso”.

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