Brasil

Polícias e Forças Armadas cercam favelas na zona sul do Rio

Desde às 3h da madrugada, moradores relataram pelas redes sociais terem ouvido helicópteros sobrevoando as comunidades

Vidigal: por volta das 6h começaram as revistas em quem deixava o morro, informou uma fonte do Vidigal (Pilar Olivares/Reuters Brazil)

Vidigal: por volta das 6h começaram as revistas em quem deixava o morro, informou uma fonte do Vidigal (Pilar Olivares/Reuters Brazil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 9 de junho de 2018 às 10h50.

Rio - As favelas da Rocinha, Vidigal, Chácara do Céu e Parque da Cidade, localizadas na zona sul do Rio de Janeiro, acordaram cercadas neste sábado, 9, pela operação do Comando Conjunto da Intervenção, que reúne as Forças Armadas e policias do Estado.

Desde às 3h da madrugada, moradores relataram pelas redes sociais terem ouvido helicópteros sobrevoando as comunidades. Por volta das 6h começaram as revistas em quem deixava o morro, informou uma fonte do Vidigal.

De acordo com a fonte, depois do sobrevoo de helicópteros por toda a madrugada, os policiais subiram a favela por volta das 6h, quando ainda estavam ocorrendo bailes na comunidade. Não houve troca de tiros e as revistas aos moradores corriam em clima de educação e tranquilidade. Já na Rocinha, os tiros começaram por volta das 6h e até a publicação desta matéria não havia relato de feridos.

A estrada Lagoa-Barra, que liga a zona sul à zona oeste da cidade chegou a ser fechada pelas Forças Armadas, mas por volta das 8h foi liberada. O trânsito, porém, continuava intenso na região por volta das 9h45, segundo o Centro de Operações Rio.

O Comando Conjunto informou em nota que a ação envolve cerco, estabilização dinâmica da área e remoção de barricadas, além de revistas seletivas de pessoas e veículos. A Polícia Militar atua bloqueando possíveis rotas de fuga de criminosos e a Polícia Civil realiza a checagem de antecedentes criminais e cumprirá mandados judiciais, condicionada às restrições constitucionais à inviolabilidade do lar.

"Algumas vias na região poderão ser interditadas e setores do espaço aéreo poderão ser controlados, oportunamente, com restrições dinâmicas para aeronaves civis. Não há interferência nas operações dos aeroportos", informou o Comando, afirmando que a operação vai beneficiar, direta e indiretamente, 120 mil moradores de comunidades.

Tiroteio na Urca

Um intenso tiroteio entre policiais e traficantes, na tarde desta sexta-feira, 8, levou pânico à Urca, bairro de classe média alta do Rio e interrompeu por duas horas a circulação do bondinho do Pão de Açúcar, um dos principais pontos turísticos do País.

Essa foi a primeira vez que o teleférico, inaugurado em 1912, deixou de circular pela violência. Um grupo de cerca de 100 pessoas, incluindo dezenas de crianças, ficou isolado no Morro do Pão de Açúcar. O Aeroporto Santos Dumont, no centro, também foi fechado por 15 minutos, porque a Urca fica na rota de pouso e decolagem.

Acompanhe tudo sobre:ExércitoFavelasRio de Janeiro

Mais de Brasil

Reeleito em BH, Fuad Noman está internado após sentir fortes dores nas pernas

CNU divulga hoje notas de candidatos reintegrados ao concurso

Chuvas fortes no Nordeste, ventos no Sul e calor em SP: veja a previsão do tempo para a semana

Moraes deve encaminhar esta semana o relatório sobre tentativa de golpe à PGR