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Policiais suspeitos de contrabando são presos no PR

Denominada Erupção, a operação resultou na prisão preventiva de três agentes e de um delegado da PF

Viatura e policial da PF: os crimes investigados são lavagem de dinheiro, corrupção, prevaricação, peculato, contrabando e descaminho, concussão e abuso de autoridade (Divulgação/Polícia Federal)

Viatura e policial da PF: os crimes investigados são lavagem de dinheiro, corrupção, prevaricação, peculato, contrabando e descaminho, concussão e abuso de autoridade (Divulgação/Polícia Federal)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2012 às 16h24.

Curitiba - A Polícia Federal (PF) prendeu hoje (6) quatro integrantes da própria corporação suspeitos de facilitar o contrabando de mercadorias na região de Guaíra, cidade do extremo noroeste do Paraná que faz fronteira com o Paraguai.

Denominada Erupção, a operação resultou na prisão preventiva de três agentes e de um delegado da PF. Também foram cumpridos 16 mandados de busca e apreensão em Guaíra e nos municípios paranaenses de Londrina e Francisco Alves.

De acordo com a PF, o objetivo da operação é desarticular um grupo composto por policiais federais e empresários. Os policiais receberiam vantagens financeiras de empresários para deixar de combater ações ilícitas, além de praticar lavagem de dinheiro.

As investigações, iniciadas há um ano, teriam demonstrado que a lavagem de dinheiro ocorria por meio da aplicação de recursos no mercado imobiliário e em franquias no Paraguai. Há ainda a suspeita de desvio de mercadorias que deveriam ser apreendidas em ações da PF. Os integrantes da quadrilha teriam movimentado cerca de R$ 3 milhões por meio da aquisição de imóveis em nome de terceiros, contas laranjas e negócios em território paraguaio.

A PF obteve autorização para o bloqueio de bens e valores de pessoas físicas e jurídicas ligadas ao grupo. Os servidores públicos envolvidos responderão a processo administrativo com afastamento preliminar das funções, o que pode acarretar em demissão.

Os crimes investigados são lavagem de dinheiro, corrupção, prevaricação, peculato, contrabando e descaminho, concussão e abuso de autoridade. Os quatro policiais presos permanecerão na Superintendência da Polícia Federal no Paraná, localizada em Curitiba.

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