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Policiais mantêm greve na Bahia e tensão cresce

Apesar da onda de violência que toma conta da Bahia, PMs anunciaram que paralisação por melhores salários vai continuar

Paralização da Polícia Militar da Bahia, que começou no dia 31, vai continuar, afirmam representantes (Maximilian Dörrbecker / Wikimedia Commons)

Paralização da Polícia Militar da Bahia, que começou no dia 31, vai continuar, afirmam representantes (Maximilian Dörrbecker / Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2012 às 12h44.

Brasília - Os policiais que fazem greve desde terça-feira passada na Bahia anunciaram neste domingo que manterão a paralisação para reivindicar melhorias salariais, apesar da onda de violência vivida pelo estado, que já registrou 71 homicídios durante o período.

Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria de Segurança Pública da Bahia, só em Salvador, 15 pessoas foram assassinadas neste sábado. As autoridades informaram também que, desde o início dos protestos, foram registrados saques e outros atos de vandalismo em dezenas de estabelecimentos comerciais, além de 41 roubos de carro.

O governador da Bahia, Jacques Wagner, atribuiu muitas dessas desordens aos próprios policiais e disse que não discutirá sobre as reivindicações trabalhistas até que os grevistas encerrem a paralisação.

Wagner recebeu o apoio do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que visitou Salvador neste sábado e advertiu que os líderes do movimento podem ser presos por liderarem um protesto que considerou 'inaceitável'.

No entanto, o presidente da associação de policiais que organiza a medida de força, Marco Prisco, afirmou neste domingo que a paralisação seguirá até que o governo do estado aceite negociar as exigências, que incluem aumento salarial próximo a 30% e melhorias nas condições de trabalho.


'A palavra é negociação', disse Prisco aos jornalistas no prédio da Assembleia Legislativa da Bahia, parcialmente ocupado pelos policiais em greve desde terça-feira.

A Justiça decretou a prisão de Prisco e outros 11 líderes do movimento, considerad ilegal por um tribunal, mas o porta-voz dos grevistas garantiu que não se entregará até que seja aberta uma negociação sobre os salários dos policiais.

Salvador e outras cidades da Bahia seguem com a segurança reforçada por 2,6 mil soldados do Exército, que receberão o reforço de outros 400 homens vindos do Rio de Janeiro.

A greve preocupa as autoridades locais não só pela insegurança nas ruas, mas também pelo possível impacto econômico, já que Salvador espera milhares de turistas para o Carnaval. EFE

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