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Policiais federais indicam Balestreri para novo Ministério

Balestreri foi secretário nacional de Segurança Pública entre 2008 e 2010 no governo Lula

PF: na hipótese de um convite, o secretário disse que não fechará portas (Vagner Rosário/VEJA)

PF: na hipótese de um convite, o secretário disse que não fechará portas (Vagner Rosário/VEJA)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 23 de fevereiro de 2018 às 15h57.

São Paulo - Atual secretário de assuntos estratégicos do Estado de Goiás, Ricardo Balestreri disse nesta sexta-feira, 23, ter sido surpreendido pelo movimento encabeçado pela Federal Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) para indicá-lo ao Ministério da Segurança Pública, cuja criação foi anunciada pelo presidente Michel Temer na semana passada. Ao jornal "O Estado de S. Paulo", Balestreri disse que "não corre atrás, mas não fecha portas": "Em tese, tudo é possível".

Balestreri foi secretário nacional de Segurança Pública entre 2008 e 2010 no governo Lula. Ele também presidiu a seção brasileira da Anistia Internacional e formatou o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), criando ainda a Rede Nacional de Altos Estudos em Segurança Pública (Renaesp).

"Fui honrosamente surpreendido e me sinto muito honrado. A Federação tem uma história gloriosa na defesa da segurança pública e sempre foi uma grande parceira", disse. Ele disse que o movimento da categoria foi espontâneo, e, em parte, ocorreu em razão do trabalho realizado na capacitação dos agentes enquanto integrava o Ministério da Justiça.

Na hipótese de um convite, o secretário disse que não fechará portas. "Já tenho idade para não correr atrás, mas também não vou impedir que as coisas aconteçam. Em tese, tudo é possível. Deixa as pedras rolarem e vamos ver onde elas param", completou.

Balestreri foi por um ano o secretário de Segurança de Goiás, período no qual relata ter conseguido reduzir todos os principais indicadores criminais. Ele deixou a pasta para assumir os assuntos estratégicos na semana em que houve uma rebelião numa cadeia do Estado, em janeiro deste ano. A administração penitenciária também era responsabilidade dele, mas com a crise acabou sendo criada uma pasta específica, o que já era pleito da gestão.

A Federação representa 14 mil agentes. "Balestreri tem histórico de êxitos no setor: foi secretário nacional de segurança pública e possui extensa carreira dedicada à formação, qualificação e valorização dos profissionais da área", diz em ofício enviado ao presidente Michel Temer, que ainda não divulgou qual será o seu escolhido.

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