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Policiais civis do Rio Grande do Norte entram em greve

A paralisação por melhores condições de trabalho foi aprovada durante assembleia da categoria realizada ontem (5) à noite


	Rio Grande do Norte: segundo o sindicato, cerca de 1,3 mil agentes e escrivães civis aderiram ao movimento.
 (Wikimedia Commons)

Rio Grande do Norte: segundo o sindicato, cerca de 1,3 mil agentes e escrivães civis aderiram ao movimento. (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 6 de agosto de 2013 às 14h11.

Brasília – Policiais civis do Rio Grande do Norte deram início hoje (6) a uma greve por tempo indeterminado. A paralisação por melhores condições de trabalho foi aprovada durante assembleia da categoria realizada ontem (5) à noite, na sede do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança Pública (Sinpol-RN), em Natal.

Segundo o sindicato, cerca de 1,3 mil agentes e escrivães civis aderiram ao movimento. A Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social ainda não recebeu o balanço com o impacto do movimento. Ainda de acordo com o sindicato, apenas 30% do efetivo continua trabalhando normalmente para manter os serviços essenciais, conforme determina a Lei de Greve.

Entre os setores que, segundo o sindicato, não terão as atividades comprometidos estão o Centro Integrado de Operações de Segurança Pública (Ciosp) e os departamentos administrativos. A paralisação, contudo, afeta quem precisa recorrer às delegacias distritais e especializadas, onde o atendimento foi suspenso. Já nas delegacias de plantão, apenas os flagrantes estão sendo encaminhados. Ocorrências não são registradas e demais procedimentos também estão suspensos.

A pauta de reivindicações apresentada pelo sindicato inclui contratação de pessoas já aprovadas em concurso e realização de novo processo de seleção de agentes, escrivães e delegados; concessão de vale-refeição para toda a categoria e transferência dos presos que estão sob custódia em delegacias do interior. Os policiais civis também pedem redução na jornada de trabalho; pagamento de adicional noturno a todos os policiais que atuem em regime de plantão; implementação da carreira única na Polícia Civil, entre outras coisas.


O secretário estadual da Segurança Pública e da Defesa Social, Aldair da Rocha, disse à Agência Brasil que as reivindicações da categoria são legítimas. “Estamos discutindo a pauta e reconhecemos que grande parte das reivindicações são justas. Infelizmente, o governo estadual está enfrentando uma crise financeira muito forte e isso tem nos impedido de fazer tudo aquilo que gostaríamos”, comentou o secretário.

Ele adiantou que, durante a greve, o governo estadual poderá montar uma delegacia provisória em algum prédio público a fim de auxiliar no atendimento à população, caso seja necessário. A medida já foi colocada em prática durante a última greve dos policiais civis.

Rocha também reconheceu que muitas das críticas dos policiais civis procedem, como a necessidade de aumentar o efetivo e de contratar uma empresa especializada em limpeza.

“Lógico que não é justo o policial ter que cuidar da limpeza do prédio em que trabalha”, comentou o secretário, alegando que a defasagem do efetivo, contudo, é um problema antigo que o governo tem tido dificuldades de superar.

Segundo o diretor financeiro do Sinpol-RN, Francisco José de Sousa Alves, a adesão dos servidores à greve foi maciça. “O governo está brincando com a segurança pública. Nossa Polícia Civil tem hoje o menor efetivo do país. Por falta de pessoal, as delegacias estão sendo fechadas à noite, nos finais de semana e feriados”, disse Alves. “Estamos em estado de calamidade. Os prédios estão caindo devido à falta de manutenção”, concluiu.

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