Os policiais, cerca de 300, atuam para conter a situação (REUTERS/Kai Pfaffenbach)
Da Redação
Publicado em 24 de junho de 2013 às 22h29.
Brasília - Policiais militares do Batalhão de Operações Especiais usam bombas de efeito moral para dispersar manifestantes. Um grupo de passageiros ateou fogo e quebrou vidros de ônibus na Rodoviária do Plano Piloto, no centro da capital federal. Motoristas e cobradores de ônibus fecharam os acessos à rodoviária em protesto por transparência nas licitações e garantia do emprego.
Muitos passageiros estão irritados por não conseguirem voltar para casa e chegaram a apoiar os atos de vandalismo. No momento em que a polícia usou quatro bombas de efeito moral, houve corre-corre e as pessoas ficaram assustadas. Os policiais, cerca de 300, atuam para conter a situação.
Os motoristas e cobradores estão reunidos em uma parte da rodoviária, afastados dos passageiros. A categoria pede mais transparência nas licitações, assim como a garantia dos empregos e a aposentadoria com 25 anos de trabalho para a carreira de motorista. Um grupo do movimento foi ao Palácio do Buriti, sede do Executivo local, para negociar com o governo distrital.
Pelos cálculos dos organizadores da mobilização, cerca de 600 rodoviários participam do protesto. A Polícia Militar, no entanto, estima a presença de 400 pessoas.
Os manifestantes fecharam o Eixo Monumental (uma das principais vias da área central de Brasília) nos dois sentidos, nas proximidades da rodoviária. Eles usam cerca de 50 ônibus para obstruir os acessos ao terminal, segundo a PM.
Por meio da assessoria de imprensa, a Secretaria de Transportes do DF informou que está obtendo mais informações sobre o movimento e que ainda não há um posicionamento oficial sobre a manifestação.