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Polícia trabalhará como sempre, diz secretário da Segurança

O novo secretário da Segurança Pública de São Paulo disse que "a polícia vai trabalhar do mesmo jeito"


	Polícia Militar: "é uma gestão de continuidade, a política de segurança pública do Estado de São Paulo não mudou", disse Mágino Alves Barbosa Filho
 (Divulgação/PMSP)

Polícia Militar: "é uma gestão de continuidade, a política de segurança pública do Estado de São Paulo não mudou", disse Mágino Alves Barbosa Filho (Divulgação/PMSP)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2016 às 19h19.

São Paulo - Recém-empossado, o novo secretário da Segurança Pública, Mágino Alves Barbosa Filho, afirmou nesta terça-feira, 17, que vai manter a cúpula da Polícia Militar, Civil e Técnico Científica de São Paulo.

Ele também informou que "a polícia vai trabalhar do mesmo jeito" e que não vai promover mudanças em políticas implantadas pelo seu antecessor, o advogado Alexandre de Moraes, que assumiu o Ministério da Justiça e Cidadania na semana passada.

"É uma gestão de continuidade, a política de segurança pública do Estado de São Paulo não mudou. A polícia de São Paulo vai trabalhar do mesmo jeito. O gabinete do secretário da Segurança Pública vai trabalhar do mesmo jeito", afirmou, durante evento de posse, realizado no Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital. "Cada um tem seu estilo de trabalho. Eu trabalho de um jeito, o doutor Alexandre (de Moraes) trabalha de outro. Agora, os nossos objetivos sempre foram os mesmos."

No ato, Mágino anunciou ainda que vai manter os comandantes das três polícias paulistas: o coronel Ricardo Gambaroni, da Polícia Militar, o delegado geral Youssef Abou Chahin, da Civil, e o superintendente Ivan Miziara, da Polícia Técnico Científica. Eles ocupam os cargos desde janeiro de 2015, início da gestão Moraes. "Todos os comandos da Polícia Civil e da Polícia Militar foram discutidos no gabinete da Secretaria da Segurança Pública", disse. "Nós trabalhamos em absoluta sintonia."

Ao ser empossado, Mágino também afirmou que tem "alma de delegado e alma de coronel". "Vou procurar fazer o melhor para que todas as três policias trabalhem em conjunto para oferecer à população de São Paulo o melhor em termos de segurança que a gente possa neste País."

Parceria

Mágino era secretário-adjunto na gestão Moraes, por quem foi indicado para assumir a pasta. O atual ministro foi estagiário de Mágino no Ministério Público de São Paulo em 1989 e os dois também trabalharam juntos na Secretaria Municipal dos Transportes, durante a gestão Gilberto Kassab (PSD).

No evento, o secretário comemorou a possibilidade de "parcerias" com o governo federal. "A gente tem a absoluta convicção que o ministro Alexandre de Moraes, grande conhecedor que é da segurança pública no nosso Estado, vai ter essa compreensão", disse. "Nós vamos conseguir estabelecer um relacionamento que efetivamente nunca chegou a existir entre o Ministério da Justiça e a Segurança Pública do Estado de São Paulo."

Entre as medidas estudadas, está uma parceria de patrulhamento em estradas federais para, segundo Mágino, evitar a entrada de drogas e armamento no Estado. "Precisamos ajudar o governo federal, os órgãos de segurança publica federais a ter um controle melhor das suas fronteiras", afirmou. De acordo com o secretário, uma possibilidade é que "tropas especializadas" do Estado auxiliem a Polícia Rodoviária Federal (PRF). "Nós vamos estudar isso com muita cautela."

Na prática, o alinhamento político entre a SSP e o Ministério da Justiça e Cidadania já resultou na assinatura de dois convênios, na última sexta-feira, 13. Os acordos aconteceram um dia depois de Moraes ser nomeado ministro pelo presidente interino Michel Temer (PMDB).

Um dos convênios prevê a compra de equipamentos de proteção para a Polícia Militar de São Paulo e, segundo a SSP, tem como objetivo fortalecer a integração dos sistemas de segurança envolvidos na Olimpíada do Rio. O outro é justamente um termo de cooperação entre a SSP e a PRF para intercâmbio de dados e informações.

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