Brasil

Polícia tenta transferir presos, mas desiste por temer briga

Quatro caminhões saíram do 2ª DP, escoltados pela Polícia Civil, mas pouco tempo depois retornaram por causa de protesto de agentes penitenciários, no Belém


	Delegacia de São Paulo: por causa da greve dos agentes penitenciários, as transferências de detentos foram suspensas, o que provocou a superlotação desses distritos policiais
 (FrancisW/Wikimedia Commons)

Delegacia de São Paulo: por causa da greve dos agentes penitenciários, as transferências de detentos foram suspensas, o que provocou a superlotação desses distritos policiais (FrancisW/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 13h35.

São Paulo - A Polícia Civil tentou transferir, na manhã de hoje (20), cerca de 100 detentos que estão na carceragem do 2º Distrito Policial (DP), no bairro do Bom Retiro, região central, para o Centro de Detenção Provisória (CDP) do Belém, na zona leste, mas desistiu por receio de confronto com agentes penitenciários, que estão em greve desde o dia 10 deste mês. Quatro caminhões saíram por volta das 10h do 2ª DP, escoltados por agentes da Polícia Civil, em direção à zona leste, mas pouco tempo depois retornaram por causa de um protesto dos agentes penitenciários, em frente ao CDP do Belém.

De acordo com os policiais civis, a desistência ocorreu para evitar qualquer tipo de confronto com os grevistas. O 2º DP é um dos oito distritos da capital que recebem presos de passagem, enquanto aguardam a transferência para CDPs.

Por causa da greve dos agentes penitenciários, as transferências foram suspensas, o que provocou a superlotação desses distritos. A capacidade do 2º DP, por exemplo, é 35 detentos, mas atualmente abriga aproximadamente 140. Segundo os policias civis, novas tentativas de transferência de presos devem ser feitas pelo Centro Integrado de Assuntos Prisionais.

Em nota, a Secretaria de Administração Penitenciária informa que o governo paulista “mantém a disposição de negociar com as entidades representantes dos agentes penitenciários e espera responsabilidade dos líderes do movimento na manutenção dos serviços essenciais determinados por lei”. A nota lembra que “o juiz Sérgio Serrano Nunes Filho, da 1ª Vara da Fazenda Pública, determinou que ficam proibidas quaisquer medidas que impeçam o transporte de detentos para audiências e julgamento e a transferência de presos entre unidades.

Acompanhe tudo sobre:GrevesPolícia CivilProtestosProtestos no Brasil

Mais de Brasil

Apesar da alta, indústria vê sinal amarelo com cenário de juros elevado, diz economista do Iedi

STF rejeita recurso e mantém pena de Collor após condenação na Lava-Jato

O que abre e o que fecha em SP no feriado de 15 de novembro

Zema propõe privatizações da Cemig e Copasa e deve enfrentar resistência