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Polícia tem 10 dias para apresentar relatório sobre operação na Maré

Ação resultou em sete mortes, entre elas um adolescente de 14 anos

Polícia Civil terá que apresentar à Justiça, em até 10 dias, um relatório sobre a operação realizada no Complexo da Maré, na última quarta-feira (20) (Clarice Castro/GERJ/Divulgação)

Polícia Civil terá que apresentar à Justiça, em até 10 dias, um relatório sobre a operação realizada no Complexo da Maré, na última quarta-feira (20) (Clarice Castro/GERJ/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 22 de junho de 2018 às 09h13.

Última atualização em 22 de junho de 2018 às 09h14.

A Polícia Civil terá que apresentar à Justiça, em até 10 dias, um relatório sobre a operação realizada no Complexo da Maré, na última quarta-feira (20), que resultou na morte de sete pessoas, entre elas um adolescente de 14 anos. Marcos Vinícius da Silva, de 14 anos, foi baleado a caminho da escola, dentro da comunidade, durante a ação.

A decisão é da juíza Ana Cecilia Argueso Gomes de Almeida, da 6ª Vara de Fazenda Pública do Rio. Ontem (21), a mãe do adolescente, Bruna Silva, acusou policiais civis, que estavam dentro de um veículo blindado, de atirar em seu filho.

A Polícia Civil informou que abriu inquérito para apurar as circunstâncias da morte. Uma perícia foi feita no local da morte e está prevista uma reconstituição para determinar de onde partiram os tiros que atingiram o estudante.

A Justiça também determinou que, nos mesmos 10 dias, a Secretaria Estadual de Segurança preste informações sobre o cumprimento da liminar concedida em junho de 2017, na ação civil pública movida pela Defensoria Pública estadual.

Na ocasião, a juíza estabeleceu prazo de 180 dias para que o estado apresentasse um plano de redução de riscos e danos para o enfrentamento das violações de direitos humanos decorrentes de intervenções dos agentes de segurança pública no Complexo das Favelas da Maré, necessárias para o cumprimento da lei e de ordens judiciais, bem como para a segurança da população.

A juíza indeferiu, no entanto, o pedido de liminar feito pela Defensoria e o Ministério Público, a fim de impedir a utilização de aeronaves em operações policiais no Complexo da Maré ou de impedir a disparos de arma de fogo de aeronaves em operações policiais. A Defensoria informou que recorrerá dessa última decisão.

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