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Polícia: situação controlada na desocupação do prédio da Oi

Pela manhã, no entanto, houve confronto entre moradores e policiais, que usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para dispersar o tumulto


	Desocupação do terreno da Oi: um ônibus foi incendiado por manifestantes na Rua Vigilante Serafim, ao lado do terreno desocupado e o fogo se espalhou para uma casa
 (Vladimir Platonow/Agência Brasil)

Desocupação do terreno da Oi: um ônibus foi incendiado por manifestantes na Rua Vigilante Serafim, ao lado do terreno desocupado e o fogo se espalhou para uma casa (Vladimir Platonow/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de abril de 2014 às 13h36.

Rio de Janeiro - Uma retroescavadeira do Batalhão de Operações Especiais da PM (Bope) limpa o terreno da Oi, invadido há 11 dias por cerca de 5 mil pessoas, na Rua 2 de Maio, no Engenho Novo, zona norte da cidade.

Os militares colocaram fogo nos compensados usados na construção dos barracos. Um ônibus foi incendiado por manifestantes na Rua Vigilante Serafim, ao lado do terreno desocupado e o fogo se espalhou para uma casa. Os bombeiros foram acionados para retirar a família e apagar as chamas.

O trânsito continua muito complicado em vários bairros da zona norte, com reflexos na Linha Amarela, via expressa que liga o centro à Barra da Tijuca, além das ruas Souza Barros, Bráulio Cordeiro, Arquias Cordeiro e 2 de Maio, devido à desocupação do terreno.

Por medida de segurança, o viaduto Noel Rosa, que corta os bairros do Jacaré e Vila Isabel, está fechado há mais de duas horas. A melhor opção para quem vem da Barra da Tijuca para o centro da cidade pela Linha Amarela é sair no acesso pela Rua Borja Reis, no Engenho de Dentro e seguir até o bairro do Méier, para seguir pela Avenida Marechal Rondon e acessar o Bairro do Maracanã em direção à região central da cidade.

Mais cedo, um grupo de moradores do prédio da Oi saqueou um supermercado que fica na Rua Souza Barros, no Engenho Novo. Dez pessoas acabaram detidas pela polícia e foram encaminhadas à delegacia. Uma agência do Banco Itaú, na rua Lino Teixeira, no Jacaré, teve os vidros e máquinas eletrônicas destruídas por manifestantes.

A Polícia Militar informou que 25 pessoas foram detidas durante a ocupação por ações de vandalismo, como depredamento e incendio de ônibus e outros veículos. Os detidos foram encaminhados para a 25ª Delegacia de Polícia (Rocha).

No momento, a situação está calma nas ruas interditadas no Engenho Novo e a Polícia Militar tomou conta de todas as ruas no entorno do bairro. Pela manhã, no entanto, houve confronto entre moradores e policiais, que usaram bombas de efeito moral e gás lacrimogênio para dispersar o tumulto. Pelo menos sete pessoas ficaram feridas.


Moradores chegaram a afirmar que havia mortos entre os feridos, mas o Corpo de Bombeiros fez uma varredura no local e não encontrou nada.

Em nota, o consórcio Rio Ônibus repudiou os atos de vandalismo que puseram em risco a segurança de passageiros e rodoviários esta manhã no Rio de Janeiro. No início desta sexta-feira, um ônibus da Linha 629 (Saens Pena-Irajá), foi incendiado na Rua Lino Teixeira, no Engenho Novo.

Mais tarde, outro veículo que fazia a Linha 350 (Irajá-Passeio), foi totalmente queimado na Rua Leopoldo Bulhões. Outros dois veículos do consórcio Intersul foram incendiados: um deles é da Linha 476 (Méier-Leblon), na Rua Francisco Siqueira, e outro da empresa Real, na Rua Vigilante Serafim. Onze veículos foram apedrejados e alguns parcialmente atingidos pelo fogo.

Com esses ataques, sobe para 31 o número de veículos destruídos em incêndios criminosos somente em 2014. Do total de registros, 28 aconteceram na cidade do Rio. Em 2013, foram registrados cinco casos e um em 2012. De acordo com o consórcio Rio Ônibus, cada veículo novo tem custo estimado em R$ 350 mil.

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