Conflito aconteceu quando pequeno grupo, dentre os 25 mil que participavam de um protesto nos jardins em frente à sede do Legislativo, conseguiu atravessar cerco policial e se aproximar das piscinas que decoram a entrada do Congresso (Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 20 de junho de 2013 às 21h08.
Brasília - A Polícia reprimiu nesta quinta-feira com gás lacrimogêneo e balas de borracha um grupo de manifestantes que ameaçava invadir a sede do Congresso Nacional em um dos cerca de 80 protestos registrados em todo Brasil para reivindicar melhores serviços públicos.
O conflito aconteceu quando um pequeno grupo, dentre os 25 mil que participavam de um protesto nos jardins em frente à sede do Legislativo, conseguiu atravessar um cerco policial e se aproximar das piscinas que decoram a entrada do Congresso.
Os manifestantes violentos lançaram pedras e outros objetos contra a Polícia e atearam fogo em cones e, aos gritos de "chegou a hora de ocupar", ameaçaram avançar sobre o cerco policial que rodeava o prédio.
A Polícia conseguiu dispersar a parte dos manifestantes com bombas de efeito moral, gás lacrimogêneo e balas de borracha, mas muitos se mantiveram no local com a intenção de repetir a ocupação da segunda-feira passada, quando avançaram sobre as rampas e o telhado do Legislativo.
Os conflitos passaram então ao vizinho Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores e onde um grupo de manifestantes conseguiu ocupar a rampa de acesso.
Os policiais também utilizaram gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes que cercavam o edifício, alguns dos quais entraram nas piscinas em torno do local.
Nos confrontos um policial ficou ferido e um dos manifestantes foi detido, segundo dados preliminares.
A maioria dos manifestantes se afastou alguns metros do Congresso para evitar os conflitos e pediu com vaias e aos gritos a seus companheiros que cessassem a violência.
A Polícia reforçou as vias divisórias do Congresso, especialmente a que separa a sede do Legislativo do Palácio do Planalto, onde ainda na noite estava a presidente Dilma Rousseff.
As manifestações são convocadas nas redes sociais por movimentos sociais que alegam não ser representados por nenhum partido.