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Polícia prende falso médico que atendia em hospital da Unicamp

Ele estaria atuando havia duas semanas com o registro de outro médico no Conselho Regional de Medicina (CRM)

Médico: o farsante foi denunciado pelos próprios médicos do hospital (Megaflopp/Thinkstock)

Médico: o farsante foi denunciado pelos próprios médicos do hospital (Megaflopp/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de novembro de 2017 às 16h08.

Sorocaba - Um falso médico foi detido pela Polícia Militar no alojamento dos profissionais de medicina do Hospital das Clínicas (HC) da Unicamp, nesta terça-feira, 8, em Campinas, interior de São Paulo.

Ele estaria atuando havia duas semanas com o registro de outro médico no Conselho Regional de Medicina (CRM).

O farsante foi denunciado pelos próprios médicos do hospital após se recusar a fazer massagem respiratória em paciente com parada cardíaca na unidade de urgência.

Ele se esquivou do atendimento alegando dor no braço. A direção do hospital, no entanto, afirma que ele não chegou a realizar atendimentos médicos.

O suspeito, Victor Sabino Nunes, de 19 anos, usava um jaleco com seu primeiro nome bordado e tinha em seu poder um uniforme do centro cirúrgico.

De acordo com a Polícia Civil, ao ser preso, o rapaz optou por ficar em silêncio. Médicos e funcionários disseram aos policiais que ele fazia consultas, atendia pacientes e circulava livremente pelo hospital, um dos maiores do Estado.

Ao menos um receituário com prescrição de medicamento, seu nome e carimbo foi entregue à polícia. Também foi apreendido um cartão de acesso ao hospital utilizado por ele, com validade vencida.

A polícia apurou que Nunes fazia curso superior de fisioterapia, mas teria abandonado a faculdade. O suspeito foi indiciado pelo crime de falsidade ideológica e foi liberado após prestar depoimento. A reportagem não conseguiu contato com Nunes, que não tinha advogado constituído formalmente.

Em nota, nesta quarta-feira, a superintendência do HC informou ter feito um levantamento preliminar, no qual constatou que o falso profissional não realizou atendimentos a pacientes no hospital e que sua atuação era como falso fisioterapeuta.

Segundo a superintendência, em reunião para esclarecimentos sobre o caso, ficaram definidas novas medidas de segurança nos acessos das portarias do hospital, que serão divulgadas internamente.

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