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Polícia prende Capuava, importante liderança do tráfico em SP

Capuava já chegou a ser preso, em julho de 2015 com 1,6 tonelada de cocaína, mas acabou sendo solto pela Justiça

Prisão: seis pessoas supostamente envolvidas com o crime organizado e o tráfico de drogas, entre elas Wellington Xavier dos Santos, o Capuava, foram detidos (Scott Olson/Getty Images)

Prisão: seis pessoas supostamente envolvidas com o crime organizado e o tráfico de drogas, entre elas Wellington Xavier dos Santos, o Capuava, foram detidos (Scott Olson/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de março de 2018 às 19h35.

A Polícia Militar prendeu neste domingo, 18, seis pessoas supostamente envolvidas com o crime organizado e o tráfico de drogas, entre elas Wellington Xavier dos Santos, o Capuava, de 53 anos, que era considerado foragido da Justiça. Ele é apontado como importante liderança do tráfico no Estado de São Paulo e já chegou a ser preso, em julho de 2015 com 1,6 tonelada de cocaína, mas acabou sendo solto pela Justiça.

De acordo com informações da Secretaria da Segurança Pública, equipes da Força Tática do 17º Batalhão da PM receberam informações sobre a presença de uma quadrilha em um sítio em Mogi das Cruzes, na região metropolitana de São Paulo. Na rua Antonio Gomes Faria, na Vila Mathias, as guarnições se depararam com oito pessoas, que fugiram em uma caminhonete. O veículo capotou após perseguição,e cinco dos envolvidos foram detidos no local. Outros três fugiram para um matagal.

Com apoio do helicóptero da PM, um sexto suspeito foi encontrado e preso. Todos foram levados ao Hospital Luzia de Pinho Melo, onde foram liberados à autoridade policial após primeiros socorros, segundo a secretaria. Capuava supostamente estava dirigindo o veículo e usava um documento falso.

A polícia informou ainda que equipes do Canil do 32º Batalhão foram até o sítio e encontraram dois fuzis, de calibres 7.62 e .22, dezenas de munições de calibre 7.62 e uma submetralhadora 9mm, entre outros equipamentos. O armamento estava escondido no meio das raízes de uma árvore, nos fundos do terreno.

A Secretaria acrescentou que integrantes do Comando e Operações Especiais (COE), da PM, junto com investigadores da Polícia Civil, prosseguem as buscas para encontrar e deter os outros dois foragidos.

Histórico

Capuava havia sido preso no fim de julho, em uma mansão na zona rural da cidade de Santa Isabel, no interior do Estado. Outros quatro suspeitos também foram detidos em uma operação coordenada pelo Departamento de Narcóticos (Denarc). Com o grupo naquela oportunidade, foram apreendidos 1,6 tonelada de cocaína pura e 898 quilos de produtos usados na mistura da droga. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, foi a maior apreensão de drogas no País em 2015.

Os investigadores também encontraram quatro fuzis, uma pistola automática e várias munições. O Denarc diz que o local foi transformado em laboratório para refino de cocaína. De lá, a droga seria distribuída para diversos pontos de São Paulo.

Na ocasião, o então secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) disse que Capuava era o maior traficante de São Paulo e o resultado da operação era um duro golpe contra o crime organizado.

Em agosto daquele ano, o desembargador Otavio Henrique de Sousa Lima, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), determinou, por meio de habeas corpus, que o homem respondesse às acusações em liberdade. No despacho, o desembargador Otávio Henrique considerou que as provas apresentadas pela Polícia Civil sobre a participação de "Capuava" nos crimes não eram suficientes para mantê-lo preso preventivamente.

Após investigação do TJ, que encontrou outras decisões suspeitas de Lima, ele foi aposentado compulsoriamente em setembro de 2016.

Uma nova ordem de prisão chegou a ser expedida, mas em abril de 2017 a juíza Cláudia Vilibor Breda, da 2ª Vara Criminal de Santa Isabel, região metropolitana de São Paulo, revogou a prisão preventiva de Capuava. No dia 5 de maio, ele se apresentou à Justiça numa tentativa de mostrar que estava participando das etapas do processo.

A polícia não esclareceu qual era a nova ordem de prisão que restava em aberto para ele ser considerado foragido da Justiça.

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