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Polícia prende ao menos 60 suspeitos por crimes como assaltos e saques em meio às chuvas no RS

Criminosos têm se aproveitado da situação de vulnerabilidade da população

Vista aérea de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, tirada em 5 de maio de 2024 (Ricardo Stuckert/Brazilian Presidency/AFP)

Vista aérea de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, tirada em 5 de maio de 2024 (Ricardo Stuckert/Brazilian Presidency/AFP)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 12 de maio de 2024 às 20h57.

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Pelo menos 60 suspeitos já foram presos desde o último dia 2 por crimes como assaltos e saques em municípios do Rio Grande do Sul, segundo balanço da Secretaria da Segurança Pública do Estado. As prisões foram efetuadas pela Brigada Militar e pela Polícia Civil, que têm atuado para amenizar a insegurança diante da situação gerada pelas fortes chuvas.

Até o momento, mais de 2,1 milhões de gaúchos já foram afetados pelas chuvas no Estado. Entre eles, 532 mil estão desalojados e 81 mil, recolhidos em abrigos. Já são 143 óbitos confirmados em todo o Rio Grande do Sul. Além disso, há 131 desaparecidos e 806 feridos.

Criminosos têm se aproveitado da situação de vulnerabilidade da população. Neste sábado, 11, a Brigada Militar prendeu quatro homens e apreendeu um menor de idade por um furto em Esteio, a 24 quilômetros de Porto Alegre. Os acusados, segundo a corporação, estavam levando pertences de um estabelecimento em área atingida pelas enchentes.

Já a Polícia Civil localizou, durante patrulhamento náutico realizado na zona norte de Porto Alegre, um depósito suspeito de ser usado para armazenamento de produtos furtados de residências e estabelecimentos comerciais durante as chuvas. Em vídeo publicado nas redes sociais, é possível ver inclusive um skate entre os objetos apreendidos.

Os episódios de violência ocorrem também em outras cidades. Como mostrou o Estadão na última semana, moradores de Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre, relatam roubos de barcos usados emergencialmente para resgates de desabrigados para saquear as residências alagadas.

A Brigada Militar confirmou as ocorrências, com assaltantes armadas abordando os barcos de voluntários, além de arrombamentos de residências e saques na região metropolitana de Porto Alegre, como Canoas e Eldorado, e também no município de Arroio do Meio.

"Assaltantes aproveitaram o momento em que as forças policiais estavam ajudando no resgate e no salvamento de vidas para praticar esses atos. Nós tínhamos de definir prioridades: estávamos salvando vidas", afirmou na última semana o Coronel Douglas, subcomandante da Brigada Militar.

Na última quinta-feira, 9, além disso, seis pessoas foram presas por suspeita de cometerem crimes sexuais em abrigos destinados a vítimas das enchentes.

Segundo a Polícia Civil, que investiga os casos, um dos crimes teria ocorrido em Viamão, município do interior gaúcho. O suspeito foi preso preventivamente pelo crime de estupro de vulnerável.

Por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública (MJSP), Ricardo Lewandowski, a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) enviou equipes para atuar no policiamento ostensivo do Estado, além de garantir a segurança dos abrigos que recebem os atingidos pelas enchentes. O efetivo da corporação no local deve chegar a 300 até a próxima semana.

Além disso, outros Estados, como Paraná, Santa Catarina e São Paulo, têm buscado prestar suporte às forças de segurança gaúchas não só nos resgates, como no policiamento ostensivo das regiões afetadas e dos abrigos para onde a população tem sido encaminhada. Agentes da Polícia Federal também auxiliam nas ações.

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