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Polícia ouve vereadores no inquérito que investiga morte de Marielle

Renato Cinco e João Batista Oliveira de Araújo, do PSOL, e Ítalo Ciba, do Avante, serão testemunhas por causa da proximidade que mantinham com a vereadora

Marielle Franco: vereadora e motorista Anderson Gomes foram assassinados na noite do dia 14 de março (Pilar Olivares/Reuters)

Marielle Franco: vereadora e motorista Anderson Gomes foram assassinados na noite do dia 14 de março (Pilar Olivares/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 4 de abril de 2018 às 22h35.

Três vereadores do município do Rio de Janeiro foram chamados hoje (4) para prestar depoimento na Delegacia de Homicídios (DH), no âmbito do inquérito que investiga o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista dela Anderson Gomes, na noite do dia 14 de março passado. Os vereadores Renato Cinco e João Batista Oliveira de Araújo, o Babá, ambos do PSOL; e Ítalo Ciba, do Avante, foram intimados para dar informações como testemunhas por causa das relações pessoais de cada um com Marielle nos trabalhos legislativos.

Renato Cinco disse que não poderia revelar o que falou no depoimento de quatro horas para não prejudicar as investigações, mas disse que está confiante no andamento do trabalho da polícia para que os culpados sejam identificados. Na visão do vereador, a polícia está empenhada em investigar várias possibilidades para esclarecer o crime, que hoje completou 21 dias, uma vez que as perguntas indicaram uma pesquisa ampla.

"Eu acho que a polícia está empenhada em investigar. A polícia já resolveu vários outros casos importantes que eram difíceis e que envolveram assassinatos de autoridades, como o caso da juíza Patrícia Acioli, então, a princípio estou confiante sim, mas sei que isso tudo não é simples. Foi uma execução feita por profissionais e entre as especialidades deles, é não ser descoberto, tentar não ser descoberto. Eles sabem como se investiga. Acho que eles têm também essa experiência que pode dificultar, mas tenho confiança sim", disse à Agência Brasil.

O parlamentar concordou com o ministro extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, que defendeu a possibilidade de a polícia tomar os depoimentos de duas testemunhas que foram localizadas pela reportagem do jornal O Globo e teriam sido dispensadas do local do crime logo após os assassinatos. "Acho que deve se ouvir todo mundo que pode ter envolvimento com o caso. Se o Globo está alegando que existem essas testemunhas, elas devem ser ouvidas sim e acredito que serão", apontou.

Para o vereador, como houve convites para outros colegas prestarem depoimentos, uma das linhas de investigação seria buscar informações sobre o que ocorreu na Câmara nos dias que antecederam a morte de Marielle e como era o relacionamento dela com os parlamentares da Casa.

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