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Polícia libera corpos de turistas atropelados por barco em Angra

O condutor da lancha foi autuado por duplo homicídio culposo e dupla lesão corporal. Ele foi liberado após pagar fiança de R$ 2 mil

Vista de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro (Roosewelt Pinheiro/ABR/Divulgação)

Vista de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro (Roosewelt Pinheiro/ABR/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de março de 2018 às 17h33.

O Instituto Médico Legal de Angra dos Reis (IML), no litoral sul fluminense, liberou para os familiares, os corpos de Alexandre da Silva, de 43 anos, e de Walquiria de Almeida Barros, de 29 anos, mortos ontem (30), na localidade da Lagoa Azul, depois de terem sido atropelados por uma lancha desgovernada.

No acidente, outras duas pessoas ficaram feridas: Natacha de Oliveira Soares, 28, e Camila Martinez Precoma, 30, que foram socorridas e levadas para o Hospital Geral de Japuíba, onde continuam internadas. Ambas tiveram os dedos do pé amputados, além de cortes nas pernas.

O condutor da lancha, cujo nome não foi divulgado pela polícia, foi autuado por duplo homicídio culposo e dupla lesão corporal. Ele foi liberado na noite de ontem após pagar fiança de R$ 2 mil. Segundo o delegado titular da 166ª Delegacia de Polícia, Bruno Gilberte, o marinheiro alegou em seu depoimento que a lancha estava com problemas no acelerador, que ficou preso e deixou a embarcação desgovernada.

A polícia trabalha com duas linhas de investigação: uma leva em consideração a possibilidade de que o marinheiro que conduzia a embarcação estivesse distraído no momento do atropelamento e a outra de que a embarcação realmente estivesse com problemas técnicos. Para o delegado responsável pelas investigação, em ambos os casos teriam ocorrido imperícia do condutor da embarcação.

As quatro vítimas do acidente faziam parte de um grupo de cerca de 50 pessoas que estavam em uma casa localizada na Vila de Abraão, em Ilha Grande, e tinham saído para um passeio de saveiro. A embarcação parou na Lagoa Azul, para que os turistas pudessem mergulhar, quando aconteceu a tragédia. As vítimas eram todas de Campos do Jordão, no interior de São Paulo.

Preso por agentes da Capitana dos Portos, o condutor da lancha foi levado para 166ª Delegacia, submetido ao teste de alcoolemia, mas não foi detectado traços de ingestão de bebida alcoólica. A embarcação foi apreendida para perícias e os documentos de habilitação foi apreendida. As investigações estão a cargo da Marinha que abriu sindicância para apurar as causas do atropelamento.

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