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Polícia já ouviu 30 testemunhas do sequestro na Ponte Rio-Niterói

Inquérito vai apurar se houve a participação de outras pessoas no sequestro; 37 pessoas ficaram reféns por três horas e meia

Rio: polícia já ouviu mais de 30 testemunhas do sequestro na Ponte Rio-Niterói (Ricardo Moraes/Reuters)

Rio: polícia já ouviu mais de 30 testemunhas do sequestro na Ponte Rio-Niterói (Ricardo Moraes/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 21 de agosto de 2019 às 13h55.

A Polícia Civil já ouviu mais de 30 testemunhas no inquérito que apura a morte de William Augusto da Silva, de 20 anos, ontem (20), por atiradores de elite do Bope, após sequestrar um ônibus e manter 37 pessoas reféns por três horas e meia, na Ponte Rio-Niterói.

O inquérito foi instaurado ontem (20) mesmo, e a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) já ouviu os reféns e parentes do jovem.

"A DHC realizou perícia no local e o corpo foi encaminhado ao IML [Instituto Médico Legal] para exame de necrópsia. A arma que ele usava - aparentemente de brinquedo - também será periciada, assim como um teaser (equipamento de choque) e outros objetos encontrados com William", informou a Polícia Civil.

O inquérito vai apurar também se houve a participação de outras pessoas no sequestro. O sequestrador não tinha antecedentes criminais e, segundo a polícia, estava passando por um surto psicótico no momento do sequestro.

O corpo de William foi liberado pelo Instituto Médico Legal pouco depois do meio dia de hoje (21). A família não divulgou o local do velório e do enterro.

A Secretaria estadual de Vitimização e Amparo à Pessoa com Deficiência esteve no IML para garantir a gratuidade do enterro, conforme anunciado pelo governo, porém a família negou o auxílio. Segundo a secretaria, a avó de William tinha um plano funerário e a família optou por utilizá-lo.

Sequestro

Por volta das 6h de ontem (20), William obrigou o motorista a atravessar o coletivo na pista, na altura do vão central da Ponte Rio-Niterói. O ônibus faz a linha 2520, do Jardim Alcântara, em São Gonçalo, até o Estácio, no centro do Rio. Willian foi morto por atiradores de elite por volta de 9h.

O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, disse que a operação foi um "sucesso" e que os atiradores serão promovidos e condecorados "por bravura". Segundo a perícia, o corpo de William apresentou seis ferimentos a bala. Ele chegou a ser levado ao Hospital Souza Aguiar, mas não resistiu aos ferimentos.

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