Brasil

Polícia investiga se Vaccari usou irmão para lavar dinheiro

Antônio Carlos disse ter recebido R$ 250 mil, em cinco depósitos feitos em sua conta pelo irmão


	O delegado responsável pelo caso acredita que se não houve lavagem de dinheiro, houve pelo menos sonegação fiscal, porque a compra do imóvel não teria sido declarada
 (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

O delegado responsável pelo caso acredita que se não houve lavagem de dinheiro, houve pelo menos sonegação fiscal, porque a compra do imóvel não teria sido declarada (Marcelo Camargo/ Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 7 de maio de 2015 às 15h54.

Bastos - A Polícia Civil investiga se o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto usou o irmão Antônio Carlos Vaccari para lavar dinheiro com a compra de uma casa, no valor de R$ 300 mil, em um bairro da cidade de Bastos, no interior de São Paulo.

Antônio Carlos, que é zelador e tem salário mensal de R$ 1 mil, comprou a casa no ano passado, chamando a atenção dos moradores da pequena cidade, de 21 mil moradores, e também da polícia.

Intimado a depor na última segunda, 4, ele disse ter recebido R$ 250 mil, em cinco depósitos feitos em sua conta pelo irmão. O delegado de Bastos, Sandro Resina Simões, suspeita que o zelador possa ter sido usado pelo irmão para lavar dinheiro ilícito.

"Se não houve lavagem de dinheiro, houve pelo menos sonegação fiscal, porque ele (Antônio Carlos) nos disse que a compra não foi declarada à Receita e não soube dizer se as doações feitas em cinco depósitos em sua conta também foram declaradas", contou Simões.

O caso foi enviado nesta quarta-feira, 6, para a Polícia Federal de Curitiba, onde o ex-tesoureiro é investigado por lavagem de dinheiro.

"Como a Operação Lava Jato já investiga Vaccari (João) por esse tipo de crime, decidimos enviar o caso para eles, que vão decidir se prosseguem com a apuração ou nos devolvem. Se devolverem, abriremos inquérito e pediremos quebra dos sigilos fiscal e bancário dos envolvidos", concluiu o delegado.

A reportagem entrou em contato com o advogado de João Vaccari, Flávio D’Urso que não foi encontrado em seu escritório e não deu retorno às ligações.

Acompanhe tudo sobre:Lavagem de dinheiroOperação Lava JatoPartidos políticosPolícia CivilPolícia FederalPolítica no BrasilPT – Partido dos Trabalhadores

Mais de Brasil

Ações isoladas ganham gravidade em contexto de plano de golpe, afirma professor da USP

Governos preparam contratos de PPPs para enfrentar eventos climáticos extremos

Há espaço na política para uma mulher de voz mansa e que leva as coisas a sério, diz Tabata Amaral

Quais são os impactos políticos e jurídicos que o PL pode sofrer após indiciamento de Valdemar